O táxi como negócio - Taxista Empreendedor

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Taxistas de Santarém em pé de guerra com a Câmara

Os taxistas de Santarém andam em pé-de-guerra com a Câmara que acusam de não respeitar as promessas feitas de dotar a praça de táxis de condições condignas para estes profissionais e seus clientes.
A realização de trabalhos de prospeção arqueológica na Cerca da Mecheira na semana passada foi a gota de água que motivou o protesto dos taxistas.
“Tivemos uma praça de táxis a funcionar mais de 40 anos, no Jardim Sá da Bandeira, até que este jardim deu lugar à construção do Jardim da liberdade; e nessa altura tiveram mais consideração pelas árvores – que foram transplantadas com todo o cuidado – do que connosco”, afirma Manuel Mendes, o presidente da Scaltáxis. O dirigente sublinha que “na altura prometeram-nos que esta situação era provisória – 4 lugares na Avenida do Brasil frente ao centro comercial chinês, mais 13 lugares na Cerca da Mecheira – e prometeram-nos que iriam arranjar um espaço ao lado da Direção de Finanças, mas acabaram por nos atirar para este buraco sem condições de acesso e de visibilidade onde  nos encontramos há três anos”, afirma o dirigente dos taxistas.
“Eu avisei que não podíamos confiar na palavra do vereador, agora aguentem-se”, reclama um taxista que arranca visivelmente irritado com a conversa. “É verdade, com estes políticos não vale a pena perder tempo”, atira outro.
“Estamos aqui neste espaço sem visibilidade, por causa do out-door, e sem iluminação, e agora tudo piora com estas escavações arqueológicas”, lamenta o taxista Ricardo.
“Só em Santarém é que tratam os taxistas desta maneira; atiram-nos para um sítio esconso, sem instalações sanitárias, sem condições de segurança e de acesso, sem sequer um sinal que indique a existência da praça de táxis”, reclama outro taxista.
O vereador Ricardo Gonçalves rejeita as críticas dos taxistas, recordando que a sua localização resultou de um acordo com o seu representante, o sr. Florêncio, da Antral, e depois de uma deliberação da Câmara”. Ricardo lembra que nas negociações ofereceu aos taxistas a possibilidade de “escolherem entre a rua ao lado do W Shopping, o Largo da Piedade, ou a Avenida 25 de abril, e foram eles que decidiram ficar na Avenida do Brasil, onde não cabem todos, pelo que tiveram de ficar também na Cerca da Mecheira”.
O vereador refere que as sondagens arqueológicas fazem parte dos trabalhos preparatórios para a abertura de uma nova rua que ligará a rotunda do Tribunal à Calçada do Monte. “Estamos ainda na fase de estudos e projetos para a construção desta rua, e temos já garantida a contratualização de fundos comunitários para financiamento da obra”, adianta o vereador. Ricardo Gonçalves afirma que “as obras da nova rua irão obrigar a Câmara a discutir com os taxistas uma nova localização para a praça de táxis”.

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