Correio da Manhã – Têm chegado à vossa associação relatos de assaltos e agressões a taxistas?
Florêncio de Almeida – Até agora, os casos que chegaram ao nosso conhecimento não são mais do que os que foram registados no ano passado. Mas, especificamente, relatos de assaltos e agressões são cerca de 20%.
– O que é que a ANTRAL faz nesses casos?
– Quando os taxistas solicitam ajuda para resolver os problemas decorrentes dos assaltos e das agressões, prestamos apoio jurídico gratuito. Todos os anos, entre os meses de Novembro e Março, o número de assaltos aumenta, mas estou convencido de que, nos próximos tempos, os casos vão aumentar.
– O que é que o leva a ter essa convicção?
– A crise económica está a afectar muitas pessoas, que já passam por graves necessidades e precisam de arranjar dinheiro em algum lado. O motorista de táxi é uma presa muito fácil.
– E quanto aos assaltos a taxistas que são praticados por grupos de jovens?
– Quanto aos jovens, uns trabalham e outros não. O problema é que não têm rendimentos compatíveis com os gastos e o tipo de vida que levam. Depois, para explicar estes actos de violência, fala-se em problemas sociais.
– Que medidas se podem tomar para prevenir este tipo de casos?
– O que nós queríamos era mais actuação policial. É certo que sem a polícia estaríamos pior, mas a PSP, em vez de fazer acções de fiscalização aos táxis nas praças de táxis, nomeadamente em Santa Apolónia e no Parque das Nações, numa autêntica caça à multa, deveria era fazer essas operações de fiscalização à entrada das cidades e não dentro das cidades, no meio do trabalho das pessoas. Até parece que os taxistas são os criminosos. Compreendo que os agentes têm resultados a apresentar à tutela, mas não à custa dos taxistas.
Fonte:CM
Fonte:CM
Sem comentários:
Enviar um comentário