O táxi como negócio - Taxista Empreendedor

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Autarca garante que "está fora de questão" adiar restrições para a circulação de táxis na Baixa

Os taxistas estão preocupados com as restrições para a circulação dos táxis mais poluentes (anteriores a 1993 e sem catalisador) na Baixa de Lisboa já em Janeiro, mas o vereador da Mobilidade, Fernando Nunes da Silva, parece irredutível: "Alargar [o prazo] é completamente impossível, está fora de questão, até porque esta "não é uma coisa que nasceu ontem".

Em troca dessa exigência a Federação Portuguesa de Táxi (FPT) propôs, numa reunião que teve ontem com o vereador, que a câmara passasse a renovar licenças apenas aos carros que cumprissem os requisitos mais exigentes ao nível da emissão de gases poluentes. Segundo Nunes da Silva, não era suposto que os serviços estivessem a emitir licenças para carros que, dentro de pouco tempo, estariam impedidos de circular na cidade. "O compromisso que assumimos foi que não renovaremos licenças que não respeitem as normas mais exigentes - abaixo do Euro III não faz sentido", disse ao PÚBLICO.

A câmara prometeu, por outro lado, estudar, em conjunto com o Governo e o Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, formas de apoiar as empresas na renovação das frotas (20 por cento dos carros deixam de poder circular na Baixa a partir do próximo ano), como fazer com que "o IVA não seja pago à cabeça" e "repor o apoio para o abate de veículos no caso dos táxis", avançou o vereador. Estão também a ser estudadas formas de adequar os horários dos táxis, de forma a que os mais antigos circulem à noite.

A FPT prevê uma quebra na procura a rondar os 30 por cento no primeiro semestre de 2011 face ao ano passado. Um número que, segundo Carlos Ramos, presidente da federação, se agravará caso a câmara não atenda o adiamento: "Há empresas com perspectivas de encostarem o carro e entregarem a licença." Pelas contas da FPT, a renovação dos 700 táxis a circular em Lisboa anteriores a 1993 custará 12 milhões de euros - uma média de 18 mil euros por empresa.
Fonte:Publico

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