O táxi como negócio - Taxista Empreendedor

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Agricultor condenado a 19 anos e meio de prisão por matar taxista

Um agricultor foi condenado, ontem, a 19 anos e meio de prisão, pelo homicídio de um taxista, em Vinhais. O juiz considerou que o arguido planeou o crime e fez uma espera, como na caça. Fica ainda obrigado a pagar 105 mil euros à família da vítima.
O móbil do crime não foi completamente apurado, mas agricultor, Fernando Pires, de 56 anos, foi condenado por dois crimes, nomeadamente homicídio qualificado e posse de arma proibida. O tribunal considerou que agiu com premeditação para matar o taxista, de 63 anos. Ambos residiam em Vinhais.
Além da pena de prisão, o agricultor foi ainda sentenciado ao pagamento de uma indemnização de 105 mil euros à família da vítima, dois filhos e a esposa.

Esta quantia perfaz a totalidade da indemnização reclamada pelos familiares do taxista, cujo advogado, Francisco Sacramento, ainda está a analisar o acórdão para decidir se vão recorrer da decisão do colectivo, uma vez que o Ministério Público pedia uma pena de 22 anos. "O facto de o réu não ter antecedentes criminais pesou para que não fosse aplicada uma pena mais pesada", referiu o causídico, que considera a sentença "justa".
O juiz advertiu severamente o arguido que em causa estava "um crime muito grave", dizendo que agiu como quando se faz uma espera a um coelho ou um javali. O agricultor não confessou o homicídio, mas pediu desculpa à família da vítima.
Os factos remontam ao dia 27 de Novembro de 2009. João Gonçalves, taxista residente em Salgueiros (Vinhais), foi morto com dois tiros de caçadeira, na estrada, quando regressava a casa ao final do dia, depois de ter feito o transporte de alunos do Agrupamento de Escolas de Vinhais.
Nessa altura foi surpreendido pelo agricultor, irmão de uma nora, que terá abalroado com um tractor o automóvel conduzido pela vítima, empurrando-o para a berma da estrada junto a uma ribanceira. Foi então que o arguido disparou os tiros a muito curta distância, segundo as perícias da Polícia Judiciária, o que terá provocado a morte imediata ao taxista.
O homicídio pode ter estado relacionado com desavenças familiares motivadas por uma herança. O suspeito acabaria por ser detido pela GNR de Vinhais algumas horas depois, na sua residência, em Landedo, uma aldeia próxima. Está em prisão preventiva desde essa altura.
Fonte : JN

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