O táxi como negócio - Taxista Empreendedor

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Câmara de Lisboa aprovou 50 licenças de táxi para pessoas com mobilidade reduzida

Veículos devem circular em 2011 e não são exclusivos para deficientes. ANTRAL está contra e garante que os novos táxis apenas farão concorrência
Mais de um ano depois de ter lançado o concurso para a atribuição de 50 licenças de táxis adaptados a pessoas com mobilidade reduzida, a Câmara de Lisboa divulgou a lista das candidaturas aprovadas. De acordo com o director do Gabinete de Segurança e Tráfego da autarquia, Pedro Moutinho, os primeiros veículos deverão começar a circular nas ruas da capital no final do primeiro trimestre de 2011.

O concurso público foi aberto em Setembro de 2009, mas uma providência cautelar interposta por um profissional do ramo - a quem foi agora atribuída uma licença - atrasou o processo. Porém, "o tribunal deu razão à câmara", explicou à Lusa o vereador da Mobilidade, Fernando Nunes da Silva, que aprovou a lista de atribuição de licenças no final de Novembro.

Houve 148 concorrentes, mas só poderão ser entregues 50 alvarás. Os taxistas contemplados têm até Maio de 2011 para avançar com o licenciamento dos veículos, que vão juntar-se aos 3400 em circulação na capital e podem também transportar pessoas sem problemas de mobilidade. Essa possibilidade é criticada pelo presidente da Associação Nacional dos Transportes Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), Florêncio de Almeida, que defende um "sistema de obrigatoriedade, para forçar os taxistas a procurarem o nicho de mercado".

O mesmo responsável, a quem também foi atribuída uma licença, considera que "as viaturas deveriam ser especificamente para uso de pessoas com mobilidade reduzida". Senão, vão servir apenas para "fazer concorrência" aos táxis já em circulação.

O problema, refere, é que a rede de carros adaptados não cobre toda a cidade de Lisboa. "Os taxistas não vão deslocar-se de Algés para Benfica, sabendo que ninguém paga a deslocação. E depois mais o tempo de instalar as cadeiras. Eles estarão nos locais onde há mais movimento e não vão chegar a todo o lado", sustenta.

As viaturas que pertencerem a esta rede terão especificidades como uma plataforma de embarque, cintos de segurança adaptados, meios para fixar as cadeiras de rodas ou uma porta com um ângulo de abertura superior. O processo inclui ainda uma inspecção do Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres e só depois a câmara poderá passar as licenças.

Fonte: P20

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