"Só os mais fortes e os que estiverem mais bem preparados conseguirão vencer a crise", disse ontem Mário Ferreira, presidente da Raditáxis, na festa do 51º aniversário da cooperativa, que juntou mais de 200 associados.
Referindo "que os tempos são difíceis" e que "as notícias sobre o futuro não são nada animadoras", Mário Ferreira sublinhou o facto de a Raditáxis ter realizado "grandes investimentos em tempos de crise, precisamente para que os taxistas tenham outra capacidade para enfrentar as dificuldades".
"Nesta altura, somos a única cooperativa em que chamar um táxi demora apenas quatro segundos, graças à nova central e sistema de GPS que instalámos na sede e nas viaturas", disse Mário Ferreira, sublinhando que o investimento total rondou o meio milhão de euros.
De resto, os taxistas asseguram que o movimento tem decrescido este ano de forma acentuada, esperando um ano de 2012 extremamente difícil. "Nos meus táxis, a quebra foi, desde Janeiro até agora, de cerca de 40 por cento", disse ao CM José Monteiro, empresário de táxis no Porto e vice-presidente da ANTRAL.
Para este responsável, "os tempos difíceis que se avizinham sê-lo-ão de uma forma muito particular para os taxistas, que estão a ver-se a braços com uma significativa quebra de clientela e um importante aumento dos custos de produção, como o gasóleo".
Mário Ferreira diz que, apesar da quebra de serviço, mesmo em termos de chamadas para a central (menos sete por cento), a Raditáxis conseguiu reforçar os chamados serviços especiais, o que tem equilibrado as contas.
"O caminho é estreito, por isso temos de ser imaginativos e aumentar a nossa qualidade para ultrapassar a crise", disse.
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