O táxi como negócio - Taxista Empreendedor

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Taxista mata na cama e lança fogo à amante

Motorista era toxicodependente. Assassinou amante à facada para a roubar
Quando esteve na vivenda que Graça Parracho Ferreira partilhava com os pais, em Porto Salvo, Oeiras, o taxista não deixou de reparar no ouro e em outros bens de valor que a esteticista, 51 anos, exibia no primeiro andar. No último dia 12, faz mais uma vez sexo com a amante no local, até que a asfixiou e assassinou com cinco facadas nas costas. Depois lançou fogo ao corpo, na cama – e roubou o que pôde.
Motorista de táxi em Lisboa, de 44 anos, o toxicodependente fez de tudo para ocultar provas do crime – além de incendiar o cadáver, já de madrugada, desfez-se dos telemóveis, o seu e o da vítima, além da faca com que matou. Pôs tudo no lixo. Alugou um quarto na Praça da Alegria, vendeu os bens roubados, comprou droga, mas foi entretanto identificado, como principal suspeito, pela secção de homicídios da Judiciária.
Ainda andou fugido, mas o cerco foi apertando e no último fim-de-semana não resistiu mais – anteontem já foi presente ao juiz de instrução, em Oeiras, tendo recolhido em prisão preventiva. Deixou pontas soltas ao querer executar o homicídio perfeito.
INVESTIGAÇÃO AO INCÊNDIO DEU CERTEZAS SOBRE O CRIME 
Dois agentes da PSP em patrulha passavam pela vivenda, na rua Tapada das Murteiras, quando viram uma nuvem de fumo a sair pela porta do primeiro andar, cerca das 02h00 do dia 12. Chamaram os bombeiros e foram encontrar Graça Ferreira deitada na cama, morta e com o corpo já carbonizado pelas chamas que saíam do colchão. O cigarro ali deixado podia indiciar um cenário de acidente, mas os investigadores de incêndios da PJ, logo às primeiras perícias, chamaram os colegas dos homicídios: o facto de a porta estar aberta e a forma como o colchão ardeu, indiciando o uso de um líquido acelerante, não deixaram dúvidas de que se tratava de homicídio.
INEM ASSISTIU MÃE EM CHOQUE COM A NOTÍCIA
Os pais de Graça Ferreira, idosos que vivem no rés-do-chão da moradia em Porto Salvo, não acordaram com o fogo ao início da madrugada – a PSP bateu-lhes à porta a dar conta do sucedido, e a mãe da vítima, em choque com a situação, teve de ser logo assistida pelo INEM. A família pensou inicialmente ter-se tratado de um acidente, uma vez que a esteticista de 51 anos não tinha conflitos conhecidos, mas a Polícia Judiciária rapidamente concluiu ter-se tratado de um homicídio: além dos vestígios deixados no incêndio e dos cinco golpes de faca desferidos na vítima – nas costas e na mão direita –, visíveis na autópsia, vários bens de Graça tinham desaparecido, nomeadamente o seu telemóvel, entretanto desligado.

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