O táxi como negócio - Taxista Empreendedor

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Taxistas querem reunião de urgência com secretário de Estado dos Transportes

Os representantes dos taxistas e o vereador da Mobilidade na câmara de Lisboa vão pedir uma reunião com carácter de urgência ao secretário de Estado dos Transportes para esclarecer dúvidas relativas às Zonas de Emissão Reduzida (ZER).
“A câmara ficou de pedir uma reunião urgente com o secretário de Estado para que sejam indicadas soluções para resolver este problema”, disse hoje o presidente da ANTRAL - Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros.
Florêncio Almeida falava à Lusa na sequência da reunião que a ANTRAL e a Federação Portuguesa dos Táxis tiveram com o vereador Nunes da Silva na sexta-feira.
Em Abril, a Câmara de Lisboa deu um prazo até final do ano aos táxis sem catalisador de origem para fazerem modificações técnicas que os permitam circular nas zonas de emissões reduzidas.
Desde o início de Abril que os veículos com mais de 20 anos (sem catalisador de origem) estão proibidos de circular no centro da cidade (na zona a sul do eixo criado pelas avenidas de Ceuta, das Forças Armadas, dos Estados Unidos da América, Marechal António Spínola, Santo Condestável e Infante D. Henrique e Eixo Norte/Sul).
Também as viaturas anteriores a 1996 estão impedidas de circular no eixo Baixa/Avenida da Liberdade, onde desde Julho a limitação já vigorava para carros sem catalisador.
O objectivo destas normas é a redução da poluição. Segundo o presidente da ANTRAL, os táxis mais antigos não podem colocar catalisadores porque estes ainda não foram homologados pelo IMT (Instituto da Mobilidade e dos Transportes).
Florêncio Almeida disse ainda que “até final de Março as coisas vão manter-se” como estão e que todas as entidades envolvidas vão trabalhar para encontrar soluções.
Para o presidente da ANTRAL, o ideal seria “abrir-se uma excepção” para taxistas. O responsável defendeu também que as câmaras municipais não deviam licenciar táxis com mais de oito anos e que devia ser dada uma margem de cinco anos para as empresas renovarem as frotas mais antigas.
“Não é num momento de crise como este que se vai conseguir substituir tudo ao mesmo tempo”, frisou.
Em declarações à Lusa, o vereador da Mobilidade disse que a reunião com os taxistas, o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) e o gabinete do secretário de Estado dos Transportes vai servir para “clarificar o que serão os dispositivos a aplicar e em que tipo de veículos”.
Nunes da Silva disse ainda que vão solicitar ao governo que impeça o “licenciamento para o serviço de táxi e a importação de veículos para esse fim com mais de oito anos”.
No final do processo, o vereador quer apurar “com rigor” quantos carros é que têm o dispositivo que diminui a emissão de partículas poluentes e quais subsistem sem esse equipamento “ e em relação aos quais temos de encontrar solução”.
Nunes da Silva salientou também que as datas dos veículos proibidos de circular em algumas zonas da cidade “são de referência”, uma vez que algumas marcas já equipavam os carros com o catalisador necessário.
“O que conta é a homologação do fabricante”, frisou.

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