O táxi como negócio - Taxista Empreendedor

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Mais fácil apanhar táxi

Inovação: Raditáxis faz 50 anos e apresenta novo sistema de gestão de frota

A partir de Janeiro, os 448 carros da Raditáxis, a maior central de táxis do Porto, estarão equipados com um novo sistema de gestão de frota e despacho de serviço que vai permitir, entre outras coisas, que o cliente chame um táxi através da internet ou por SMS.

O novo GPS e todo o equipamento de retaguarda instalado na central apresentam inúmeras vantagens e coincidem com os 50 anos da Raditáxis que hoje se assinalam.
Saber em tempo real quais são os pontos vermelhos do trânsito da cidade ou quais as praças que têm menos carros e mais procura de serviço são duas das mais importantes mais-valias deste inovador sistema, o primeiro do género criado por uma empresa portuguesa, a Geolink, em parceria com a Universidade do Porto.

"O facto de sabermos onde há engarrafamentos permite escolher percursos alternativos e dessa forma prestar um melhor serviço ao cliente. Quanto à informação sobre o número de carros por praça e o volume de serviço nas mesmas, vai ser muito útil para nós, na medida em que reduziremos substancialmente os quilómetros percorridos com o carro vazio", disse ao Correio da Manhã Mário Ferreira, presidente da Raditáxis.
Além de permitir diversificar as formas de chamar táxi (internet e SMS além da tradicional chamada telefónica), tornando o processo mais fácil, o sistema revoluciona o despacho de serviço, implementando maior eficácia e rapidez.
Luís Damas, professor universitário e responsável técnico deste equipamento inovador, afirma que o despacho de serviço será incomparavelmente mais rápido e permitirá servir mais pessoas em menos tempo.
"Hoje há uma grande dificuldade no atendimento das chamadas. Se houver dez ao mesmo tempo, só cinco são atendidas. Com este novo sistema, o que demora um minuto e meio passa a demorar vinte segundos, ou seja, não ficarão chamadas por atender. Para além disso, os pedidos feitos por internet ou por SMS são distribuídos automaticamente, sem qualquer intervenção humana", assegurou Luís Damas.
Os aparelhos já estão a ser instalados nas viaturas, num procedimento que deverá estar concluído até ao Natal.
CADA TAXISTA INVESTE 600 EUROS NO NOVO GPS
A ferramenta que vai revolucionar a praça portuense integra um projecto de investigação orçado em cerca de um milhão de euros. A maior fatia é suportada pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres através de uma candidatura à União Europeia, mas os taxistas têm de pagar perto trinta por cento da factura. Feitas as contas, cada profissional desembolsa 600 euros, investimento recuperado em quatro ou cinco anos.
"Só os quilómetros que vamos deixar de percorrer com o carro vazio, menos cerca de vinte por cento, representarão uma poupança suficiente para recuperar o investimento nesse prazo", assegura Mário Ferreira.
De resto, apesar de o País estar a atravessar um período de forte crise económica, o presidente da Raditáxis está convencido de que o novo sistema proporcionará, a médio prazo, um "assinalável" aumento de clientes.
"Melhorando o serviço, ao nível do atendimento e da própria viagem, o mais lógico é que as pessoas nos procurem mais", afirma Mário Ferreira, sublinhando que "o serviço de táxi é um dos indicadores da qualidade turística do País".
"Aquando do Euro’2004, o nosso serviço foi um dos aspectos mais criticados. Ora, após a implementação desta ferramenta, creio que a maioria das razões de queixa desaparecerá", sublinhou ainda este responsável.
DISCURSO DIRECTO
"É UMA REVOLUAÇÃO PARA TODOS": Mário Ferreira, Presidente da Raditáxis
Correio da Manhã – Este novo sistema é uma prenda de aniversário para os taxistas do Porto?
Mário Ferreira – De alguma forma, podemos dizer que sim. Na altura em que a nossa central faz meio século, introduzimos melhorias muito significativas, para nós e para os clientes. Podemos dizer que isto é uma grande revolução para todos.
– Que aspecto pesou mais na opção por este investimento?
– O motivo fundamental foi a melhoria do serviço ao cliente. Temos problemas graves, em certas horas, porque não conseguimos dar resposta a todos os pedidos, mesmo estando carros parados. Isso vai, finalmente, acabar.
– Mas as vantagens para os profissionais também pesaram?
– Certamente. Sobretudo o facto de sabermos que nos permite índices de poupança que garantem o pagamento do investimento em quatro ou cinco anos.
– Todos os associados aderiram?
– Todos aderiram. Foi aprovado em assembleia com mais de noventa por cento dos votos. 
 Fonte:CM

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