Pela primeira vez no Cairo, as mulheres foram autorizadas a conduzir táxis. Enas Hamman, de 36 anos, é umas das poucas habilitadas a fazê-lo.
“As mulheres, sobretudo, levantam-me o polegar, sorriem e dão – me força. Às vezes até aplaudem”, disse Enas.
Só há poucos meses é que começaram a surgir anúncios a pedir mulheres para este trabalho, e foi precisamente num desses anúncios que esta mulher, divorciada e mãe de dois filhos, encontrou esta oportunidade.
Segundo Emad Abdel Rahman, director-geral da empresa de táxis, em 2006 tentou contratar condutoras, “mas sem qualquer êxito”. Em 2009, apresentaram-se na sua empresa 70 candidatas, embora hoje só trabalhem dez mulheres dentro de um universo de 700 homens.
Rahman disse que esta ideia surgiu depois de a empresa ter começado a receber vários “pedidos de mães, esposas e pais cujas filhas ou mulheres precisavam de uma táxi e epediam exclusivamente condutoras”.
No entanto, a lei do tráfego no Cairo é limitadora. As mulheres egípcias estão proibidas de conduzir táxis a partir das sete da tarde, pelo que embora seja uma profissão que já pode ser exercida por mulheres ainda há muito caminho a percorrer.
Como refere Hamman, “é um esforço que servirá a outras mulheres para que tenhamos um futuro mais fácil”.
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