Paulo Alexandre Moreira da Silva, um taxista de 41 anos da Amadora, saiu de casa anteontem de manhã. Durante o dia não atendeu o telemóvel nem à companheira. E à hora de jantar também não estava em casa, ao contrário do que era habitual. Foi às 00h10, quando a Polícia Judiciária bateu à porta da família da vítima, que estes ficaram a saber que o taxista tinha sido espancado até à morte, num descampado em Vale de Lobos, próximo do Belas Clube de Campo.
Paulo deveria ter saído de manhã para ir buscar o táxi, à freguesia da Mina, para começar o seu dia de trabalho. Mas foi encontrado morto em Vale de Lobos, junto ao Belas Clube de Campo, cerca das 16h00 de anteontem, muito longe do local onde deveria estar a essa hora. Já passava da meia-noite de ontem, quando a Judiciária bateu à porta da família para informar que Paulo tinha morrido, mas a única coisa que disseram aos familiares foi que o taxista tinha sido espancado de forma muito violenta.
Os familiares desconfiam de que a morte de Paulo foi por "encomenda" e que "é muito estranho a forma como parece que tudo aconteceu". Mas pedem "que se faça justiça". E não são os únicos. Vizinhos e amigos querem saber como tudo aconteceu.
Paulo é caracterizado como "uma pessoa muito caseira". Trabalhava por turnos e o tempo que tinha livre era passado em casa e ao computador. A família é muito unida e respeitada na Amadora. Depois da morte de uma sobrinha há cinco anos e da morte da mãe há dois anos, os três irmãos e o pai de Paulo amparam-se na dor.
Paulo deixa três filhos menores. Divorciado, tinha uma companheira com quem vivia há dez anos. Há cerca de dois, e depois da morte da mãe, Paulo Moreira da Silva foi viver com o pai. Nascido e criado na Amadora, toda a gente o conhecia. Ontem vários vizinhos e amigos demonstravam a sua consternação, com a forma violenta como Paulo morreu, e manifestavam solidariedade para com a família.
Fonte:CM
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