Ambulâncias podem parar no País 24 horas

Para reduzir os 3,5 milhões de euros gastos anualmente no transporte de doentes, "criamos um regulamento que apenas permite o pagamento do transporte em ambulância aos utentes que efectivamente necessitem", diz o presidente da ULS da Guarda, Fernando Girão. E questiona: "Entre uma ambulância e um táxi qual é a diferença?"
O episódio é apenas mais um na longa guerra que os bombeiros têm com o Ministério da Saúde (MS). "Os bombeiros sustentaram o funcionamento das corporações com base na factura paga pela saúde", declarou ao DN fonte da saúde.
A LBP reconhece que as novas orientações do Ministério da Saúde estão a ter um impacte forte na requisição dos serviços aos bombeiros. Numa comunicação enviada às federações distritais, e a que o DN teve acesso, a Liga assume que "em 2009 houve uma significativa redução nos serviços de transporte programado de doentes, situação que se tem agravado desde o início deste ano".
A LBP acusa o MS de dar orientações para a "substituição dos serviços assegurados pelas ambulâncias dos Bombeiros, por táxis e outros transportes públicos".
Jaime Soares, responsável pela protecção civil na Associação Nacional de Municípios e presidente da Federação de Bombeiros de Coimbra, afirmou mesmo que "há profissionais de saúde a sofrerem ameaças de processo disciplinar e até processo-crime se encaminharem os doentes para os serviços dos bombeiros". O autarca, que é também dirigente da LBP, lamentou que "perdendo os transportes, as corporações terão de proceder ao despedimento de centenas de bombeiros e encostar muitas ambulâncias".
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