O táxi como negócio - Taxista Empreendedor

sábado, 13 de março de 2010

MAIS DO MESMO (PARTE 3)

Nesta parte, vou analisar a seriedade dos homens.
Segundo os Senhores Directores, privilégio de apenas de alguns (nos quais eles são o exemplo a seguir (obviamente)).
Estando estes a referir-se a anteriores Directores, e aqui nada tenho a dizer.
No entanto não deixam de fazer referência a uma situação passada, que entre nós ficou conhecida pela lista dos ladrões.
A elaboração da célebre lista (SERVIÇOS DE HEMODIÁLISE) dava conta que os motoristas das viaturas que nela constavam apresentavam preços à central que não correspondiam ao real valor do serviço prestado.
Não vou aqui concordar ou discordar da decisão da elaboração e divulgação da lista. Não vou sequer falar da penalização de 1 Euro e um dia de suspensão dos serviços da RTCS.
Vou simplesmente analisar os comentários dos Senhores Directores, e a razão do porquê da elaboração da célebre lista.
SERVIÇOS DE HEMODIÁLISE:
Nem todos ligam o taxímetro e vão dar a volta á EMAC. Nem todos se põem a ler o jornal á espera do cliente. Nem todos acrescentam a “GRATIFICAÇÃO!?” ao serviço. Nem todos fazem o serviço com o taxímetro desligado, e cobram mais ou menos isto. Nem todos esperam ¾ de hora á porta da clínica (LINDA A VELHA).
Esta é uma ideia pré concebida e errada.
Ao fazerem estas afirmações estão a por em causa a honestidade da grande maioria dos motoristas que efectuam estes serviços.
Todos estes serviços são iguais, também todos são diferentes. As mais diversas situações alteram o valor cobrado.
Nos serviços que efectuo, ao chegar ao local da chamada (CLINICA DO VALE DE SANTA RITA) ligo o taxímetro e seguidamente FAÇO O FAVOR DE IR AVISAR O CLIENTE QUE O TÁXI PEDIDO SE ENCONTRA Á PORTA. Não é caso raro ter de auxiliar o cliente na deslocação para o táxi. Não me ponho a ler jornais!
Ao responder a uma chamada para fora do concelho e se não me encontrar no local da mesma (HOSPITAL DE SANTA CRUZ, POR EXEMPLO), ligo o taxímetro no momento em que tenho de alterar o normal percurso que faria se retorna-se ao concelho após terminar o serviço anteriormente efectuado.
Responda eu de Queluz, São Pedro de Sintra ou na Amareleja, este é o procedimento correcto. Também aqui o valor cobrado difere de serviço para serviço, consoante o local onde me encontro.
Se me encontrar no local da chamada (CLINICA DE LINDA A VELHA, POR EXEMPLO), ligo o taxímetro no momento em que me é entregue o serviço (parto do principio que o cliente já está pronto a seguir viagem).
Ao responder a uma chamada para um serviço de hemodiálise (CASA DO CLIENTE), ligo o taxímetro na hora da marcação. Não raras vezes surgem atrasos dos clientes.
O que está regulamentado é que o taxímetro deve ser ligado uma vez chegado ao local da chamada e não quando o cliente se encontra dentro do carro (CONVENÇÃO DE PREÇOS, CLAUSULA 7, PONTO 2).
Tal como eu a grande maioria age correctamente, é pois errado generalizar a situação.
OS CLIENTES/DOENTES:
O cliente/doente não discute preços e o serviço é a crédito!
O cliente/doente devido á sua enfermidade espera um tratamento diferenciado dos demais clientes!
O cliente/doente não raras vezes chama o táxi antes de estar pronto a seguir viagem (quer o táxi á porta mal ponha antes de por o pé fora da cadeira de tratamento).
O cliente/doente fica na conversa á espera que o motorista de táxi o vá chamar.
O cliente/doente é por vezes incorrecto e mal educado com o motorista.
O cliente/doente tem que interiorizar que dever agir como qualquer outro cliente. Tem de chamar o táxi apenas quando se encontra pronto a seguir viagem. Tem de estar atento á chegada do táxi. Tem de agir com correcção e educação para com o motorista de táxi.
O cliente/doente não deve esperar tratamento diferenciado dos demais clientes.
O cliente/doente tem que interiorizar que um táxi não é uma ambulância. O motorista de táxi não pertence a um qualquer corpo de bombeiros, ou uma qualquer empresa de transporte de doentes (AMBULÂNCIAS 111, por exemplo).
O motorista de táxi é um profissional, e o táxi é um transporte público que transporta clientes de um local para outro.
O motorista de táxi não está no seu local de trabalho com o intuito de facturar, e não fazer caridade.
Nota final:
Eu (Director) sou honesto.
Tu (Motorista) és desonesto.
Ele (Motorista) é desonesto.
Nós (Directores) somos honestos.
Vós (Motoristas) sois desonestos.
Eles (Motoristas) são desonestos.
Este foi o lema adoptado e seguido por esta Direcção, a generalização dos casos também.
Ciente de que como em todas as profissões existem OVELHAS RANHOSAS, eu digo que NÓS (GENERALIDADE DOS MOTORISTAS) TAMBÉM SOMOS HONESTOS.
João Paulo Silva
Táxi 103

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