Continuando o esmiuçar do BOLETIM INFORMATIVO Nº22, vou nesta parte analisar o rumo disciplinador/CASTRADOR implementado pela actual Direcção.
Sendo certo que a indisciplina tem de ser combatida, há no entanto limites e regras de bom senso que deveriam ser seguidas. Os castigos arbitrários (aplicados ao critério de um único elemento da Direcção) imediatos e sem a mínima hipótese de recurso em tempo útil são a imagem de marca desta Direcção.
Os célebres serões de quarta-feira, onde nos fazem perder uma eternidade de tempo (para nada diga-se), onde tudo está já decidido também.
Dizem os Senhores Directores que no cumprimento das suas funções granjearam inimigos a título gratuito. Não acho que tenham sido a título gratuito. Ganharam-nos devido á sua postura autoritária ditadora e arrogante.
Dizem que trabalharam sem rede (SEM COMISSÃO DE DISCIPLINA)!?
É também no mínimo estranho que num universo de mais ou menos 200 viaturas, não houvesse quem estivesse disponível para os acompanhar nesta tarefa!? PORQUÊ?
Os que convidaram não estiveram disponíveis!? PORQUÊ?
Não haveria alternativa para substituir os convidados iniciais!? PORQUÊ?
Eu sei o Porquê e os Senhores Directores certamente também!!!
Decidiram avançar sozinhos, isolados e arrogantemente certos de que este deveria ser o caminho a seguir fazendo o papel de ADVOGADO DE ACUSAÇÃO, JUIZ E CARRASCO.
A diferenciação no trato entre PATRÕES e EMPREGADOS é notória e isso acarreta consequências.
È a lei do QUERO, POSSO E MANDO.
È no mínimo ridículo reclamar-se de um castigo “disciplinar” a quem nos ACUSA/JULGA/CONDENA.
É um círculo vicioso de onde não existe saída possível. As decisões estão previamente tomadas e a nossa presença nos serões de quarta-feira serve apenas para sermos achincalhados á porta fechada, sem testemunhas. Quem já esteve presente num destes serões pode testemunhá-lo.
Num qualquer mercado de venda de peixe, grita-se menos e existe mais democracia.
Os castigos imediatos (24/48 horas) são o expoente máximo da arrogância dos Senhores Directores.
Estes ao aplicarem os ditos fazem-no a coberto do anonimato, ficando o motorista visado na ignorância de quem o castigou, e muitas vezes do porquê.
É um mecanismo cobarde de autodefesa.
O Senhor Director LUIS CAPITÃO/TAXI 163, sempre atento e vigilante usa e abusa desta norma. Qualquer coisa que desagrade ao Senhor Director dá castigo, 24 horas para uns 48 horas para outros, depende do visado. Não raras vezes, este, analisando friamente a situação reconhece que errou (ele sabe do que estou a falar), no entanto não tem a ombridade de o admitir, de emendar a mão, e o castigo está dado (muitas vezes já cumprido).
Este Senhor tem um orgasmo cada vez que castiga um motorista, atinge o prazer supremo ao demonstrar o seu “poder”.
São pois este tipo de atitudes ditadoras e arrogantes que faz os Senhores Directores granjear inimigos.
È no entanto relativamente fácil alterar a actual situação.
Uma isenta e rigorosa análise das mais diversas situações disciplinares.
O fim dos castigos imediatos. É indiferente ser castigado (24/48 horas) hoje ou amanhã. Não deixam de ser 24/48 horas. No entanto, a hipótese de defesa do visado em tempo útil permite uma análise mais rigorosa da situação, e permite que este se defenda do que é acusado. É necessário saber quem aplica a sanção e o porquê.
A aceitação da sanção disciplinar torna-se mais facil, depois de apresentados e comprovados os factos.
Nos Serões de quarta-feira é necessário uma mudança de postura dos Senhores Directores (uma vez que não existe Comissão disciplinar). Uma maior correcção no trato para com os motoristas, um tratar de igual para igual com respeito e educação.
O fim das sentenças pré concebidas.
Uma maior celeridade no atendimento dos motoristas chamados á central por questões disciplinares. Comparecer nas instalações da central a partir das 19h30m e ser ouvido muitas vezes ás 21h00m não é aceitável. Muitos dos que são chamados, estão dentro do seu horário de trabalho, e o tempo dispendido (a maior parte das vezes inutilmente) na central impede a viatura de circular e o consequente facturação.
A presença do responsável pela viatura (no caso de empregados), em casos de maior gravidade.
Só assim, com mudanças, com humildade, isenção e rigor poderão deixar de granjear inimigos.
Combater a indisciplina é sem dúvida necessário, mas respeitando os direitos de todos.
Há que ser frontal dando a cara em TODO o tipo de situações.
NOTA FINAL – Uma prova de maturidade e humildade é saber ouvir os outros, reconhecer os erros, e emendar a mão se for caso disso. Este é o momento certo!!!
João Paulo Silva
Táxi 103
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