A PSP vai disponibilizar um helicóptero para monitorizar os congestionamentos nas vias alternativas à CREL de acesso a Lisboa, disse à Lusa a comissária da PSP Carla Duarte.
As autoridades policiais admitem que o «encerramento da CREL está a provocar maior afluência de trânsito noutras vias de acesso à cidade de Lisboa, nomeadamente na segunda circular, IC16 e CRIL».
Segundo a relações públicas da PSP, Carla Duarte, no sentido de «monitorizar da melhor forma os congestionamentos, a PSP terá um helicóptero a operar entre as 07:00 e as 09:00, e as 17:30 e as 19:30, com o objectivo de mobilizar os meios conforme as necessidades existentes».
O deslizamento de terras junto à CREL, na sexta-feira, soterrou parte da via da auto-estrada e obrigou ao corte de circulação entre o túnel de Carenque e o nó de Belas que, segundo a Brisa, deve manter-se nas próximas semanas.
Fonte da PSP de Sintra disse hoje à agência Lusa que as estradas alternativas à CREL não estão preparadas para o aumento "caótico" do fluxo de trânsito que o corte desta auto-estrada gerou.
Segundo a mesma fonte, o trânsito nas estradas que servem como alternativa à CREL "tem sido caótico" nos últimos dias, uma vez que durante os períodos de maior intensidade, manhãs e finais de tarde, "existem sempre grandes filas de automóveis".
Segundo a fonte, esta situação abrange Queluz e Monte Abraão, mas é mais notória em Idanha e no centro de Belas, locais onde têm circulado veículos pesados.
"Estas estradas não estão preparadas para serem utilizadas por camiões e por manobras que eventualmente tenham que fazer. Se o trânsito já era complicado, agora, com o corte da CREL pior ficou", adiantou.
Na Amadora também tem sido evidente o aumento do fluxo do trânsito nas estradas municipais embora, segundo o vereador da autarquia, Eduardo Rosa, o corte da CREL possa eventualmente transtornar mais os moradores dos concelhos limítrofes do que propriamente os da Amadora.
"As vias da Amadora estão mais sobrecarregadas. Mas este corte transtorna mais os moradores dos concelhos limítrofes porque se trata de uma auto-estrada que vai de Sintra, passa pela Amadora e vai para Odivelas e Loures", disse o vereador à agência Lusa.
A Comissão para a Mobilidade Sustentável do Concelho de Sintra lamenta que as estradas alternativas à CREL estejam a provocar o congestionamento das estradas locais deste concelho, e considera que esta situação mostra "que devem ser feitos mais investimentos nos transportes colectivos rodoviários e ferroviários para atenuar a dependência existente em relação aos veículos automóveis".
"Deveriam ser equacionados o prolongamento da linha do metropolitano até ao concelho de Sintra e a criação de uma linha ferroviária entre Sintra e Cascais. Assim como a circulação na CREL deveria ser gratuita", disse Pedro Ventura, responsável da comissão.
Fonte:DG