O que parecia ser mais uma regular viagem de táxi terminou em tentativa de assalto com arma branca. O caso aconteceu durante a tarde de anteontem, quando um motorista de táxi de Braga recolheu um passageiro na estação de caminhos-de-ferro, em Maximinos.
“O indivíduo entrou no táxi e disse que queria ir para Esposende”, relembra o taxista, que o alertou para o custo da viagem, que rondaria os 30 euros.
O cliente sentou-se no banco de trás do carro e, segundo o relato do motorista, “agiu de forma estranha” durante todo o caminho. Mas nada no seu comportamento fazia prever o desfecho que esta viagem de táxi teria.
Chegados a Esposende, o indivíduo perguntou ao taxista se este tinha troco para uma nota de 100 euros, distraindo-o por breves instantes das movimentações no banco de trás.
Foi nessa altura que o condutor foi tomado de surpresa e agarrado pelo pescoço.
“Apontou-me uma navalha de ponta e mola ao pescoço”, conta o motorista, que conseguiu controlar o ass altante e atirar com a navalha para o chão da viatura.
O indivíduo conseguiu fugir, sem, no entanto, concretizar o assalto ou pagar a viagem de táxi.
A vítima, que ficou muito abalada com o sucedido, afirma que só hoje tomou consciência do que de facto aconteceu. “Não sei como reagi, foram fracções de segundo e estava muito nervoso”, confessa.
Motorista de táxi há 15 anos, a vítima assegura que nunca tinha vivido uma situação semelhante.
O assaltante teria cerca de 20 anos, estatura média e cabelo escuro. Vestia jeans e ‘kispo’ escuro, trazendo ainda uma mochila às costas.
“Não parecia drogado, tinha um aspecto normal”, afirma.
A vítima entregou no Posto da GNR de Esposende a navalha e o telemóvel que, na fuga, o suspeito deixou no táxi.
Embora o taxista não tenha formalizado a queixa, a tentativa de assalto enquadra um crime pú-blico, pelo que a GNR vai participar ao Ministério Público, devendo decorrer um inquérito para apurar os factos.
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