O táxi como negócio - Taxista Empreendedor

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Taxistas divididos sobre realização de testes psicológicos

Taxistas de Viseu estão divididos quanto à necessidade de efectuar testes psicológicos, conforme estipula o decreto-lei que entrou em vigor há precisamente um ano. Metade dos taxistas contactados pelo Diário de Viseu entende já ter feito "os exames necessários para conduzir em termos profissionais", enquanto a outra metade pensa precisamente o contrário, "como forma de valorização da profissão de motorista". Tudo isto a propósito de a Associação Nacional dos Transportadores em Automóveis Ligeiros (Antral) anunciar que vai requerer ao Tribunal Constitucional a apreciação da constitucionalidade do decreto-lei 313/2009, que obriga todos os motoristas a submeterem-se a testes psicológicos.

Apesar de não andar há muito tempo na praça, José Pinto é favorável a que "os motoristas, nomeadamente os de táxi, sejam obrigados a realizarem testes psicológicos, assim como físicos e outros".

A razão apontada pelo jovem taxista prende-se com o facto de se estar a falar de transportes públicos, onde "o cidadão tem o direito de ser transportado com toda a segurança e comodidade", pelo que não concorda com a decisão da Antral. José Lopes vai mais longe na sua apreciação, referindo que "a partir do momento que seja para garantir a segurança dos clientes, trata-se também de uma valorização da imagem do motorista, acabando-se com os arruaceiros".  Ferreira Lopes, por seu turno, não se alargou muito sobre o assunto e disse de pronto: "Ontem, já era tarde!" Manuel Ramalho e outros taxistas são a favor da decisão da Antral. Seriam contra, se todos os condutores do país também fossem obrigados a fazer testes psicológicos, para conseguirem ter carta de condução. "Somos pessoas normais como as outras e, que eu saiba, os carros particulares são os que mais acidentes provocam".

Por isso, "para ser justo, todos os motoristas deviam estar sujeitos às mesmas leis". E conclui: "Nós conduzimos carros todos os dias!" Manuel Carvalho é igualmente a favor da posição da Antral. Em seu entender, a situação só mudaria "se não fossem só os taxistas a fazer testes psicológicos, mas também o conjunto dos automobilistas". E isso "porque não se pode só andar a perseguir os taxistas", aponta. Custódio Duarte, um dos profissionais do volante mais antigos na praça, em Viseu, salienta que "não se justificam esses exames tão rigorosos", uma vez que para "se tirar a carta de condução 'tipo2', já é necessários fazerem-se, entre outros, exames psicotécnicos".
fonte: Diario de  Viseu

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