O táxi como negócio - Taxista Empreendedor

domingo, 11 de março de 2012

Repugnância chique

No meio da nossa miséria, ainda há quem se preocupe com as aparências. O vereador da Mobilidade da Câmara de Lisboa é um deles: taxistas a operar na Portela? Com certeza, diz Fernando Nunes da Silva, mas só cumprindo certos requisitos: os motoristas devem ter boa apresentação; falar línguas; e conduzir carros recentes.
Estes critérios seriam inspeccionados por um gestor de praça que, imagino eu, teria a nobre tarefa de pontuar o guarda-roupa do motorista; perguntar-lhe ocasionalmente um ‘how do you do?’; e dar uma voltinha no bólide (com o ar condicionado em funcionamento). Não vale a pena comentar a natureza abusiva da ambição: estou certo que o sr. vereador adoraria ser inspeccionado regularmente pelo seu gosto particular em gravatas. Mas talvez não seja inútil aconselhar a autarquia a moderar a sua repugnância ‘chique’ pelos motoristas da cidade. Num regime concorrencial e livre, quem não gosta de um táxi (ou de um taxista), apanha outro. 

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