
Tudo aconteceu cerca da 01h30, no terminal de transportes junto ao cemitério do Lavradio. "Foi um serviço de chamada. Eram dois jovens que queriam ir para o bar XL, no Barreiro Velho", conta João. Mas o caminho até ao bar passava pelo Bairro das Palmeiras – junto às antigas fábricas da CUF – e foi aqui que lhe ordenaram que parasse.
"O que estava no banco de trás encostou uma pistola à minha cabeça. O que estava ao meu lado vasculhou-me todo, à procura de ouro. Eu não ofereci resistência e disse que não era preciso usarem da violência, que levassem tudo o que quisessem e que me deixassem. Mas o que tinha a arma de fogo agrediu-me violentamente no rosto. Fiquei com um dente partido e um enorme hematoma no nariz", explica João, com a voz embargada e lágrimas nos olhos, profundamente emocionado.
Foi já na posse de tudo a que puderam lançar as mãos que os dois ladrões agarraram em João pelo pescoço – "tiraram-me do carro e arrastaram--me até a uma casa abandonada e deixaram-me ali". A dupla levou as chaves do carro, mas não roubou o táxi.
Nos últimos três meses os actos de violência contra taxistas no Barreiro têm aumentado. "Somos apedrejados, partem os vidros dos carros e roubam tudo", conta Agostinho Veríssimo, taxista há mais de 30 anos.
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