O valor traduz um acréscimo de um cêntimo face ao preço que vigorava, actualizado pela última vez em Julho de 2008.
O aumento para 48 cêntimos é justificado perante 'os constrangimentos orçamentais e a evolução recente dos preços dos combustíveis', lê-se no despacho assinado pelo secretário de Estado da Saúde, Óscar Gaspar, publicado em Diário da República.
Esta actualização do preço por quilómetro produz efeitos desde 1 de Janeiro. No acordo celebrado em Agosto de 2009 o valor não sofreu qualquer agravamento.DISCURSO DIRECTO
Duarte caldeira Pres. da Liga dos Bombeiros Portugueses sobre o aumento do preço por km no transporte de doentes.
Correio da Manhã – O aumento do preço por quilómetro pago pelo Estado no transporte de doentes satisfaz os bombeiros?
Duarte Caldeira – Não! Continua a ser insuficiente face aos custos que o serviço acarreta para as corporações. Mas tendo em conta a actual situação do País, aceitámos porque acaba por ser um contributo para minimizar o problema das associações humanitárias.
– Estão previstas outras medidas de compensação?
– Foi constituída uma equipa para acompanhar o evoluir do preço dos combustíveis e, em face disso, talvez seja possível acordar medidas correctivas de compensação.
– A actualização é retroactiva a Janeiro. Mas já a reclamavam há muito mais tempo.
– Infelizmente, essa é uma questão recorrente. O ideal era que as negociações fossem mais rápidas, mas isso não acontece e há sempre perda para os bombeiros.
– Empresas privadas de transporte de doentes e de táxis queixam-se que os bombeiros lhes fazem concorrência. Concorda?
– O transporte de doentes não é um negócio para os bombeiros. É mais um serviço que prestamos às populações. E fazemos isso desde 1968, enquanto as empresas de transporte de doentes só foram legalizadas em 1998.
– A Liga tem defendido a reorganização deste tipo de serviço?
– Sim, é necessário pensar em novos modelos de organização para melhorar a eficácia do serviço de transporte de doentes nas corporações. É preciso dar um salto em frente para melhorar a qualidade e a rentabilidade. O actual modelo está esgotado.
– Que soluções estão em análise?
– As associações podem agrupar-se em bases regionais, municipais ou locais e rentabilizarem os meios. O ideal seria criar-se um Serviço de Ambulâncias dos Bombeiros (SAD), à semelhança do sistema que funciona na Madeira.
Fonte: CM
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