O táxi como negócio - Taxista Empreendedor

sábado, 31 de março de 2012

Agravamento de impostos e do combustível sem reflexo no serviço de táxi

O presidente da Associação dos Industriais de Táxi da Região Autónoma da Madeira (AITRAM), António Loreto, garantiu hoje, em declarações à TSF-M, que as tarifas do serviço de táxi não vão subir na sequência do aumento do preço dos combustíveis, devido a um acordo estabelecido com o Governo Regional. Por esse motivo, diz o responsável da AITRAM, serão os próprios profissionais de táxi a suportar o aumento do gasóleo.
António Loreto indicou ainda que o agravamento de impostos e combustíveis já está a provocar algum abandono da actividade em virtude da fraca rentabilidade.
Não obstante, o presidente da AITRAM diz haver desempregados que estão a recorrer à profissão para se manterem no mercado de trabalho.

sexta-feira, 30 de março de 2012

OS PRIMEIROS TÁXIS 100% ELÉCTRICOS DA EUROPA SÃO DA RENAULT E JÁ CIRCULAM EM LISBOA!

A primeira referência histórica às sete colinas de Lisboa data do século XVII, mas volvidos 400 anos, o famoso símbolo da cidade vai ser palco de um facto histórico: com duas unidades do Renault Fluence Z.E., Lisboa vai ser uma das primeiras cidades em todo o mundo a promover a realização de testes – em condições reais de utilização e, por um período de dois meses – de táxis 100% eléctricos.
Sim, a partir de hoje (dia 29 de Março) já é possível viajar na capital portuguesa, de transportes públicos, em silêncio e em absoluto respeito ambiental. Este é mais um importante passo da Renault na mobilidade zero emissões. A Renault é a primeira marca a apostar no lançamento de uma gama completa 100% eléctrica verdadeiramente acessível, com preços que oscilam entre os 6.990 e os 26.600 euros.

Sensivelmente um ano depois da assinatura da carta de intenções, foi hoje oficializado o protocolo, entre a CML e a Autocoope, que permite que o Fluence Z.E. esteja disponível para servir – com efeitos imediatos! – a população (residente e flutuante) de Lisboa, como meio de transporte público de excelência em responsabilidade ambiental. Para além do factor ambiental, os reduzidos custos de utilização foram decisivos para que a maior cooperativa de táxis de Lisboa quisesse testar, em utilização real, o automóvel 100% eléctrico da Renault, como táxi.

A cidade de Lisboa passa assim a ser uma das primeiras cidades do mundo a disponibilizar táxis 100% eléctricos Uma excelente notícia, tendo em conta as preocupações e necessidades ambientais do presente numa cidade que possui algumas das artérias mais poluídas da Europa.

«Este é mais um importante passo rumo a um novo paradigma de mobilidade», reconhece José Caro de Sousa. O administrador-delegado da Renault Portugal assume «A aposta no Renault Fluence Z.E., como táxi, pode ajudar a quebrar alguns mitos associados ao veículo eléctrico. E, no que diz respeito aos custos de utilização, uma vez que 120 quilómetros efectuados num automóvel eléctrico apenas representam um valor na ordem dos 1,5 euros esta é uma solução economicamente interessante. Esta aposta da Autocoope no Renault Fluence Z.E., deverá também permitir validar que, até em termos de autonomia, um automóvel 100% eléctrico pode servir os interesses de uma actividade tão exigente como a do transporte público de passageiros».

Apresentado em meados de 2011, a par do comercial ligeiro Kangoo Z.E., o Fluence Z.E. é um dos pioneiros da gama zero emissões da Renault. Em curso está o lançamento do Twizy, um revolucionário conceito de mobilidade urbana que promete ser um sucesso, pela inovadora plataforma em que assenta e pelo design arrojado, mas também pelo baixo custo de aquisição; enquanto para o último trimestre está previsto o início da comercialização do ZOE, um automóvel compacto moderno, tecnológico e com um custo de aquisição que vai de encontro a um dos grandes objectivos da Renault: tornar o automóvel eléctrico verdadeiramente acessível a todos!

Taxista atropela jovem distraída

Uma jovem estudante de 13 anos foi ontem atropelada por um táxi ao atravessar a estrada de Alvor, em Portimão. A vítima, que voou sobre o capot e caiu violentamente no chão, vinha distraída a ouvir música com auscultadores e não terá olhado para os dois lados da via para ver se passava algum carro.
Apesar da violência do embate, sofreu apenas pequenos ferimentos. Segundo o CM apurou junto de testemunhas no local, a jovem nem sequer se terá apercebido da aproximação do táxi. "Ela estava nitidamente distraída e lançou-se para a estrada sem ter cuidado de olhar para os lados, para ver se lá vinha algum carro. Não viu o táxi que passava e bateu-lhe na parte lateral direita da frente. Com a pancada, voou sobre o capot e caiu no chão", revelaram as testemunhas.
"O taxista nem sequer teve tempo de travar", garantiu por sua vez ao CM a cliente que seguia no táxi. O alerta para o acidente foi registado pelo Centro Distrital de Operações de Socorro de Faro às 11h21. Os Bombeiros Voluntários de Portimão e o INEM prestaram socorro de imediato, tendo a adolescente sido transportada ao Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio. Como não sofreu fracturas, teve alta pouco depois.
A PSP tomou conta da ocorrência. Contactado pelo CM, o comissário Carlos Pinto alertou para a necessidade de as pessoas terem "muito cuidado na utilização de aparelhos electrónicos que perturbem a atenção quando andam na rua, sobretudo no atravessamento de estradas".

quinta-feira, 29 de março de 2012

Cascais: Marginal cortada no domingo de manhã devido a evento desportivo

A Avenida Marginal do concelho de Cascais vai estar encerrada ao trânsito entre a Parede e Carcavelos no domingo de manhã para a prática de atividade desportiva, na comemoração do Dia Mundial da Atividade Física.

Tecnologia: Um táxi à distância de uma aplicação

Dois toques num smartphone vão ser suficientes para ter um táxi à porta. A nova aplicação está a ser desenvolvida pelo Instituto das Telecomunicações do pólo da Faculdade de Ciências da UP e vai ser gratuita.
Muito brevemente vai surgir a primeira aplicação a nível nacional que permite chamar um táxi. Esta aplicação para smartphones vem no seguimento da investigação que também está a desenvolver um sistema de previsão do número de serviços requisitados pelos clientes dos táxis. Um projeto que conta com a parceria da Geolink, empresa de sistemas de geoposicionamento, e a companhia RadiTáxis.
"Dentro de dias, a Geolink vai lançar esta aplicação para a chamada de táxis", afirma Michel Ferreira, professor no Departamento de Ciência de Computadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) e responsável pelo Instituto de Telecomunicações, que tutela o projeto.
Numa altura em que "a quota dos smartphones está a crescer enormemente" e ultrapassa a venda dos telemóveis "normais", como aponta Michel Ferreira, a nova aplicação pode ser instalada gratuitamente nos iPhone ou Android. O investigador está confiante de que as pessoas vão preferir chamar um táxi com "dois toques no telefone" do que terem de perder tempo e dinheiro, como habitualmente fazem, a ligar para a central.

Simulação de taxímetro

Depois de instalada, a aplicação reconhece a posição do utilizador, oferecendo-lhe as opções disponíveis nos táxis mais próximos. De seguida, o utilizador apenas precisa de escolher se quer um táxi com ar condicionado, possibilidade de transporte de animais e/ou mais espaço para bagagem. "Enviamos o pedido e recebemos, quase instantaneamente, o número do táxi atribuído", prossegue Michel Ferreira. "Depois só temos de esperar algum tempo para o táxi chegar", acrescenta.
Durante o percurso, a aplicação continua a ser útil com a simulação de um taxímetro e alguns detalhes sobre o trajeto. No final, os passageiros têm a oportunidade de avaliar o nível de conforto da viagem, critério que passa a estar disponível nas próximas utilizações. Os táxis podem ser valorados com recurso a "estrelas", o que "permite premiar quem presta um bom serviço", conclui o investigador.
Trata-se de uma ideia sem quaisquer custos para o utilizador, sendo que tanto a aplicação como a chamada são gratuitas. "A pessoa só paga o que aparecer no taxímetro" do táxi ou da aplicação, remata Michel Ferreira.
A investigação desenvolve-se no âmbito dos projetos DRIVE-IN (Distributed Routing and Infotainment through VEhicular Inter-Networking) e MISC (Massive Information Scavenging with Intelligent Transportation Systems) e resulta de uma parceria internacional entre a Fundação para a Ciência e Tecnologia e uma universidade dos EUA. Além da FCUP, também participam no projeto a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e a Universidade de Aveiro.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Matosinhos criou serviço de táxi que leva jovens até às discotecas

Para muitos pais, a saída dos filhos à noite é uma grande preocupação. E se os jovens conduzem um carro a saída transforma-se em sobressalto para quem fica em casa. Os taxistas de Matosinhos viram aqui uma oportunidade de negócio. Criaram um serviço de transporte para levar os jovens a divertir-se em segurança.

sábado, 24 de março de 2012

Britânicos dão a volta ao mundo para fazer a viagem mais longa de táxi

Trio percorreu mais de 40 mil km, partindo de Londres e passando por 39 países

 A viagem dos britânicos Leigh Purnell, de 24 anos, Johno Ellison, de 29, e Paul Archer, de 25, começou em Londres, em fevereiro de 2011, e ainda não acabou. Mais de um ano depois, parece que eles não querem que termine. A bordo de dois táxis londrinos modelos 1992, eles já passaram por quatro continentes, dez fusos horários e 39 países desde que partiram do Reino Unido. Faltam alguns milhares de quilômetros para fechar a aventura na capital britânica. Devem alcançar a marca de 50 mil km, no maior percurso de táxi já feito, mas já quebraram o recorde mundial de viagem com veículo que possui taxímetro.

Com os dois táxis antigos e muita bagagem no porta-malas e sobre os veículos, eles estiveram na França, Itália, Noruega, Ucreânia, Polônia, Turquia, Iraque, Irã, Afeganistão, Paquistão, China e Nepal. A rota incluiu ainda passagens pela Índia, Mongólia, Indonésia e Tailândia. Viajaram do norte ao sul da Austrália e estão agora nos EUA, para cruzar o país de costa a costa.

Com o taxímetro desligado e o GPS sempre acionado, eles já contabilizam, até este mês, pelo menos 40 mil km de histórias, o que inclui assistir rituais exóticos em lugares estranhíssimos no interior da Mongóli ou da Índia, comer insetos, visitar estúdios de Bollywood na Índia, atravessar regiões em guerra como o Afeganistão, tomar vinho de cobra no sudoeste da Ásia ou parar para explorar florestas, praias e cachoeiras na Indonésia, tentar subir o Everest, dormir em campings ou em tendas e casas abandonadas – tudo devidamente fotografado ou filmado no blog.

Sem contar as baladas. São muitas pelo caminho, e eles não perdem nenhuma. Fizeram amigos, encontraram parentes pelo caminho e conheceram centenas de pessoas. No blog itsonthemeter.com, eles fazem um relato divertido da empreitada. Como os três aparecem sorrindo o tempo todo, a aventura tem jeito de ser mais engraçada e leve que exaustiva e séria. A ideia é bater o importantíssimo recorde mundial de percurso de táxi.

Há também um objetivo filantrópico: conseguir cerca de R$ 50 mil reais para doar a Cruz Vermelha, assim que atravessarem a linha de chegada, em Londres. Terão somado mais de 50 mil km de viagem.

Os táxis tiveram motor reforçado. Os carros tiveram de passar por revisões e consertos no meio do caminho, mas estão suportando bem a variedade de terrenos e estradas pelos quais os três viajantes passam. Johno conta que os preparativos para a volta ao mundo foram bem cansativos. Conseguiram empresas patrocinadoras, doações – que eles ainda pedem no blog – e compraram equipamentos de camping e adaptaram os veículos:

- Compramos os modelos no eBay e mudamos tudo, para adaptar para a viagem. Nós mesmos fizemos as modificações. Os carros têm resistido bem à viagem.

O planejamento era encerrar a aventura em outubro, mas, com alguns problemas técnicos pelo caminho e uma ou outra esticada, já passaram o roteiro em pelo menos seis meses. Estão agora no meio dos EUA. O último post, de 19 de março, registrou o trio comendo um hambúrguer gigante numa lanchonete no Texas chamada Ataque no Coração. Estiveram na Califórnia, jogaram em Las Vegas, passaram pelo Grand Canyon e, a essa altura, podem ter voltado para jogar na cidade. Se bem que o blog anuncia que a parada seguinte seria Graceland, a mítica mansão de Elvis Presley em Memphis, Estado do Tennessee.

Se depender da disposição dos ingleses, é possível que o taxímetro some outros milhares de quilômetros mesmo após a chegada a Londres. 

táxi
Paisagens deslumbrantes: ingleses acabaram esticando a viagem para ficar mais tempo em muitos pontos do percurso

segunda-feira, 19 de março de 2012

jovem morto por taxista

Um jovem de 21 anos foi mortalmente colhido por um taxista, este domingo à noite, quando atravessava a avenida 24 de Julho, em Lisboa, na zona reservada aos transportes públicos.

Um taxista atropelou mortalmente um indivíduo de 21 anos, este domingo à noite, por volta das 20.00. A vítima estava a atravessar a Avenida 24 de Julho, já na zona reservada à circulação de transportes públicos, junto à Avenida do Infante.

De acordo com fonte da PSP, as circunstâncias do acidente não foram ainda apuradas, mas suspeita-se que o jovem se terá distraído ao atravessar aquela via. No local estiveram o INEM, a PSP e os bombeiros sapadores de Lisboa.

Taxista aos 71 anos e mulher

Táxi com turista atingido por GNR

Bala terá entrado acidentalmente por um dos vidros da viatura, mas não houve vítimas. Comando da GNR apenas refere que foi feito um disparo de "advertência" para um motociclista em fuga.



Um táxi que transportava turistas para o aeroporto de Faro, na zona de Quarteira, concelho de Loulé, foi esta tarde domingo atingido acidentalmente com um tiro disparado por um militar da Guarda Nacional Republicana (GNR) durante uma operação de perseguição a um motociclista em fuga. Não se registaram feridos.

Segundo apurou o DN, no meio da confusão, a bala terá entrado por um dos vidros da viatura atingindo o apoio de cabeça do lugar ao lado do condutor. "O carro ficou imobilizado e os turistas tiveram de apanhar um outro táxi para chegarem ao aeroporto", contou ao DN uma testemunha no local.

Fonte do Comando Territorial de Faro da GNR disse ao DN ter ocorrido uma situação de um disparo que "terá atingido uma viatura, sem provocar danos". Na altura, "um militar disparou em sinal de advertência para um motociclista que se escapava", acrescentou.

domingo, 18 de março de 2012

Menos saídas à noite, taxista queixa-se de diminuição de clientes mesmo aos fins

Quando se fala de sair à noite, fala-se normalmente em gastar dinheiro. De acordo com os dados recolhidos pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, houve uma quebra de quase seis por cento nos pagamentos por cartão. A SIC convida-o a entrar num táxi em Lisboa e dar uma volta pela cidade.

sábado, 17 de março de 2012

Federação Portuguesa do Táxi solidária com paralisação

A Federação Portuguesa do Taxi (FPT) vai solidarizar-se com a greve geral de quinta-feira recomendando aos seus associados o uso de uma fita negra nas viaturas, simbolizando luto pela situação do país.



«Vamos assinalar o dia da greve geral desta forma para mostrar o nosso protesto contra o agravamento da situação social e económica do país e contra a falta de apoio ao nosso setor», disse à agência Lusa Fernando Carneiro, adjunto da direção da (FPT).

De acordo com Fernando Carneiro, os táxis têm perdido muitos clientes devido à quebra de poder de compra da população e à interrupção dos serviços prestados a doentes.

Diário Digital / Lusa

A tecnologia ao serviço dos taxis

Quando pensamos em Nova Iorque nunca nos esquecemos deles. As dezenas de pontinhos amarelos que preenchem a cidade. O táxi é um meio que está sempre de serviço, agora, com a ajuda da engenharia, até já consegue saber que vai ligar, mesmo antes de o chamar. Veja a explicação de Luís Matias, professor da FEUP, e fique a saber mais sobre o assunto.
Ouça este programa na Rádio Nova

Por 5 euros, taxistas de Matosinhos acompanham adolescentes nas saídas à noite

Os taxistas de Matosinhos iniciam, no sábado, um serviço low cost de acompanhamento de jovens e adolescentes nas saídas à noite. A Junta de Freguesia de Matosinhos quer que os pais “possam dormir uma noite descansada”.

 A partir de 5 euros, os taxistas vão buscar os jovens a casa, levam-nos à discoteca, ao cinema, a um bar ou a uma festa de anos e depois vão buscá-los para os levar de regresso ao lar à hora combinada com os pais, explica António Parada, presidente da junta.
“Com este serviço, os jovens podem sair à noite e os pais podem ficar descansados. O taxista toma conta deles por um preço simbólico. O pai paga o serviço e deixa o seu número de telefone, para o caso de o jovem não comparecer à hora marcada de regresso”, afirma.
No sábado, dia de arranque do projecto, o primeiro serviço de cada táxi é grátis (a partir das 20h).
Pais sem “o coração nas mãos”
Depois, os preços do serviço oscilam entre “os 5 euros por miúdo” e os “7,5 euros por miúdo”, no caso de se juntarem 4 em cada viagem.
Dentro do concelho de Matosinhos, o serviço custa 20 euros, subindo para 25 euros no caso das deslocações para o Porto, Gaia e Maia.
Os serviços para Gondomar e Valongo ficam por 30 euros.
Desde 5 euros, os miúdos podem ter acompanhamento para a noite toda. O taxista acompanha e fica responsável por ele de acordo com o que combina com o pai. Isto evita que os jovens com carta saiam de carro, bebam e deixem os pais com o coração nas mãos”, explica o presidente da junta.
Ao chamar o táxi, os pais “escolhem o pacote pretendido (pub, discoteca ou cinema)”, pagam ao taxista e deverão “indicar um número de telefone ao taxista, para que este os possa contactar caso o jovem não compareça à hora marcada de regresso”.
Taxistas a pagar as bebidas do jovens
António Parada pretende “alargar o projecto a parceiros de diversão nocturna legalizados”.
O objectivo é que os pais possam também pagar aos taxistas as entradas nesses estabelecimentos de diversão nocturna, para que sejam estes a “pagar a despesa dos jovens na discoteca”.

Taxista espancado por dupla armada

"Tenho a certeza de que se tivesse oferecido resistência eles tinham-me matado com um tiro na cabeça", diz ao CM João C., de 56 anos, taxista no Barreiro apenas há cinco meses e já vítima de dois assaltos. O de ontem foi "brutal". "Em 30 anos que fui militar da GNR nunca tinha sido vítima de tamanha violência. No final, por alguns minutos, caí no inferno e gritei", explica João, que ficou sem 30 euros, o telemóvel pessoal, o GPS, as chaves do táxi e com um hematoma no rosto.

Tudo aconteceu cerca da 01h30, no terminal de transportes junto ao cemitério do Lavradio. "Foi um serviço de chamada. Eram dois jovens que queriam ir para o bar XL, no Barreiro Velho", conta João. Mas o caminho até ao bar passava pelo Bairro das Palmeiras – junto às antigas fábricas da CUF – e foi aqui que lhe ordenaram que parasse.
"O que estava no banco de trás encostou uma pistola à minha cabeça. O que estava ao meu lado vasculhou-me todo, à procura de ouro. Eu não ofereci resistência e disse que não era preciso usarem da violência, que levassem tudo o que quisessem e que me deixassem. Mas o que tinha a arma de fogo agrediu-me violentamente no rosto. Fiquei com um dente partido e um enorme hematoma no nariz", explica João, com a voz embargada e lágrimas nos olhos, profundamente emocionado.
Foi já na posse de tudo a que puderam lançar as mãos que os dois ladrões agarraram em João pelo pescoço – "tiraram-me do carro e arrastaram--me até a uma casa abandonada e deixaram-me ali". A dupla levou as chaves do carro, mas não roubou o táxi.
Nos últimos três meses os actos de violência contra taxistas no Barreiro têm aumentado. "Somos apedrejados, partem os vidros dos carros e roubam tudo", conta Agostinho Veríssimo, taxista há mais de 30 anos.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Exemplos de força no feminino

O Dia Internacional da Mulher assinalou-se na quinta-feira mas no Nordeste Transmontano são vários os exemplos da presença feminina num mundo de homens.
São os casos de uma taxista e a uma presidente de câmara, as únicas nas funções. Adelaide Duarte é a única mulher taxista da cidade de Bragança enquanto Berta Nunes é a única presidente da câmara do distrito de Bragança.
Ambas tiveram de enfrentar algumas reticências masculinas.
“No princípio havia um bocado de estranheza e aquelas atitudes um bocado paternalistas. Mas, com o tempo, as pessoas habituaram-se a não ter esse tipo de atitude e a tratarem-me como igual. À medida que tivermos mais mulheres na política, essa estranheza acaba por desaparecer”, acredita Berta Nunes. Já Adelaide Duarte faz-se “surda” para alguma boca que poderia ouvir de vez em quando.
Berta Nunes foi mesmo a primeira autarca do distrito de Bragança. Já está nas lides políticas há mais de 20 anos e diz que as pessoas já se habituaram. E agora, os mais novos já a vêem como exemplo.
“Penso que sim, porque ter uma mulher como presidente de câmara é motivador para as jovens e para as mulheres em geral, porque no passado tinham alguma dificuldade em assumir opiniões públicas”, sustenta.

“Sou conhecida, mas ainda surpreendo muitas pessoas”, revela “Adelaide taxista”

Já Adelaide é taxista há três anos. Apesar de o seu marido, também taxista, já ter sido agredido em serviço, diz que não tem medo de estar ao volante.
“Acho que não, uma pessoa também não pode viver no medo”, diz.
Apesar de já ser conhecida, há quem ainda estranhe.
“Sou conhecida mas ainda surpreendo muitas pessoas. Dizem, ‘ai, uma taxista em Bragança?’. Pois é”, ri-se.
Na quinta-feira, as duas trabalharam normalmente, pois, apesar de ser dia Internacional da Mulher, a data é meramente indicativa e isto não está para feriados.
Já na China, por exemplo, as mulheres têm direito a meio dia de folga.
Em Bragança, o Dia Internacional da Mulher é assinalado de várias formas. Por exemplo, a Associação Comercial, Industrial e de Serviços promoveu três dias de descontos em lojas aderentes do comércio tradicional, mas houve outras iniciativas, de que lhe damos conta nestas páginas.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Espancado para roubarem 120 €

Um taxista de Olhão foi barbaramente agredido e roubado, ontem, cerca da 01h00, por dois clientes, que lhe levaram 120 euros e fugiram a pé com as chaves da viatura. O homem, ferido, foi abandonado.

"A princípio, quando me mandaram seguir de Olhão para Marim não desconfiei de nada, nem quando um deles me perguntou se me importava que fosse no banco da frente", contou ontem à tarde, ao CM, Francisco José Mesquita, 53 anos e apenas três como taxista.
"A viagem seguiu normalmente, até que, ao chegar ao destino, reparei que o homem que estava ao meu lado tinha luvas calçadas. Percebi logo que estava feito", continuou.
Francisco Mesquita ainda contactou, via rádio, a central, tentando dar a entender que algo estava a correr mal, mas não foi percebido e não teve tempo para mais nada. "O que viajava no banco de trás fez-me uma gravata, enquanto o outro puxou de uma pistola e deu-me coronhadas na cara e na cabeça", contou Francisco Mesquita, que conseguiu sair da viatura, a pedir para não lhe fazerem mal. "Dei-lhes os 120 euros que tinha no bolso e consegui fugir". Os assaltantes, depois de revistarem o táxi à procura de mais valores, também fugiram, a pé, com a chave da viatura.
"Como tinha o telemóvel comigo pude pedir socorro, mas a GNR, quando chegou, já não os viu", refere Francisco Mesquita, que foi suturado com quatro pontos no Hospital de Faro.
O caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária.

domingo, 11 de março de 2012

Repugnância chique

No meio da nossa miséria, ainda há quem se preocupe com as aparências. O vereador da Mobilidade da Câmara de Lisboa é um deles: taxistas a operar na Portela? Com certeza, diz Fernando Nunes da Silva, mas só cumprindo certos requisitos: os motoristas devem ter boa apresentação; falar línguas; e conduzir carros recentes.
Estes critérios seriam inspeccionados por um gestor de praça que, imagino eu, teria a nobre tarefa de pontuar o guarda-roupa do motorista; perguntar-lhe ocasionalmente um ‘how do you do?’; e dar uma voltinha no bólide (com o ar condicionado em funcionamento). Não vale a pena comentar a natureza abusiva da ambição: estou certo que o sr. vereador adoraria ser inspeccionado regularmente pelo seu gosto particular em gravatas. Mas talvez não seja inútil aconselhar a autarquia a moderar a sua repugnância ‘chique’ pelos motoristas da cidade. Num regime concorrencial e livre, quem não gosta de um táxi (ou de um taxista), apanha outro. 

sábado, 10 de março de 2012

Só taxistas com boa apresentação e carros recentes vão trabalhar no Aeroporto da Portela


Proposta da autarquia e da Federação do Táxi

O vereador da Mobilidade da Câmara de Lisboa quer melhorar a qualidade do serviço de táxis no Aeroporto da Portela. A ideia de Fernando Nunes da Silva é restringir a possibilidade de efectuarem serviços no aeroporto aos taxistas que cumpram um conjunto de requisitos, nomeadamente de apresentação, conhecimento de línguas e da cidade, limpeza e antiguidade do veículo.

O vereador refere que este sistema é semelhante ao que existe em Barcelona e explica que a fiscalização seria feita por gestores de praça indicados pelos próprios taxistas.

O presidente da Federação Portuguesa do Táxi concorda com a necessidade de regular o exercício da actividade no Aeroporto da Portela e reconhece que as situações de incumprimento “não são esporádicas”. “Há um grupo de pessoas forte que domina aquilo e dá uma má imagem do sector. Não há dúvida que é preciso travar aquilo urgentemente”, diz Carlos Ramos.

Este dirigente concorda com a proposta da Câmara de Lisboa e defende a criação de um código de conduta e de um regulamento disciplinar para quem quiser trabalhar no aeroporto. Quem estiver disposto a cumprir as condições aí impostas deverá inscrever-se e se for seleccionado passará a constar de uma base de dados e sujeitar-se-á à fiscalização de um gestor de praça.

"O carro deve ser limpo, ter um determinado número de anos e ar condicionado. O motorista não deve ter mangas à cava, chinelos de dedo e calções que deixam as pernas à mostra", exemplifica o presidente da federação.

Carlos Ramos também defende que deve deixar de haver dinheiro a circular, passando todos os pagamentos de serviços com partida do aeroporto a ser feitos com vouchers comprados previamente. Hoje a Associação de Turismo de Lisboa já disponibiliza um produto deste tipo.

Lisboa à procura de soluções para o excesso de táxis

A Câmara de Lisboa está também a estudar soluções para resolver o excesso de táxis na cidade, entre as quais a obrigatoriedade de cada veículo parar um dia por semana ou de uma parte das viaturas circular apenas durante o dia e outra à noite. Os representantes do sector concordam com a necessidade de se atacar o problema e apresentam outras sugestões, como alguns taxistas deixarem temporariamente de exercer a sua actividade durante períodos de crise.

Segundo o vereador da Mobilidade, na capital há cerca de 3450 táxis, número "claramente" superior às necessidades mas que está abaixo do tecto dos 3500 veículos definido há duas décadas pela autarquia. Nunes da Silva lembra que esse contingente foi fixado quando a cidade tinha milhares de habitantes a mais do que hoje, acrescentando que o excesso de táxis é agravado pela actual crise económica.

O vereador garante que o município "está a a dialogar" com os representantes do sector para listar as soluções possíveis para o problema e chegar a uma proposta concreta de discussão. Entre as hipóteses equacionadas por Nunes da Silva estão cada táxi parar um dia por semana, alguns dias circularem aqueles que têm matrícula par e outros os que têm matrícula ímpar ou ainda uma parte das viaturas só poder transitar durante o dia e outra à noite.

"Há centenas largas de táxis a mais em Lisboa", concorda o presidente da Federação Portuguesa do Táxi, sublinhando que o contingente de 3500 veículos foi definido na década de 90 e devia ser reavaliado a cada dois anos, o que segundo diz nunca aconteceu. Carlos Ramos atribui parte desse excesso à saída de habitantes e de empresas para os concelhos limítrofes mas também aponta responsabilidades à Câmara de Lisboa, nomeadamente por ter decidido atribuir 50 novas licenças a táxis adaptados para o transporte de pessoas com mobilidade reduzida.

"Não há mercado suficiente de cadeiras de rodas que alimente financeiramente esses 50 carros, que vão acabar por ir buscar dinheiro aos clientes dos táxis tradicionais", acusa o presidente da federação, entidade que mantém com a autarquia um diferendo em tribunal sobre esta matéria.

Excesso também no Porto

Para resolver o desfasamento entre a oferta e a procura na capital, Carlos Ramos apresenta várias propostas, que sublinha serem utilizadas em cidades como Barcelona e Madrid. Uma delas é os taxistas deixarem temporariamente de exercer a sua actividade durante períodos de tempo pré-definidos, que a autarquia classifique como de crise. "É uma forma de o sector se auto-regular e evita que os especuladores andem a comprar licenças por dez tostões aproveitando-se das dificuldades dos outros", diz o dirigente. Outra ideia é que os empresários interessados em vender as suas licenças passem a fazê-lo, pelo valor de mercado, a um fundo criado para o efeito. Carlos Ramos explica que consoante a procura de táxis em Lisboa num determinado momento esse fundo poderia acumular as licenças compradas ou vendê-las.

O presidente da Federação Portuguesa do Táxi está de acordo com a hipótese de cada táxi parar um dia útil por semana. "Permite rentabilizar a actividade dos que ficam a trabalhar. Não podemos continuar a viver como se estivéssemos todos ricos", diz Carlos Ramos, defendendo que também ao sábado e ao domingo os veículos deviam circular alternadamente, consoante a matrícula.

Esta ideia também é bem vista por Carlos Lima, vice-presidente da federação no Porto. "Há 699 táxis na cidade e 500 chegavam bem", diz, salientando que nos últimos meses se assistiu a "uma quebra de facturação de 40 a 50%".

Diferente é a posição do presidente da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), que não concorda com a paragem de um dia por semana. "Não há no país nenhum comércio ou indústria que seja obrigado a parar. Por que é que nós havemos de ser?", questiona Florêncio Almeida, acrescentando que seria impossível alterar os horários de trabalho dos motoristas sem a sua concordância.

Ainda assim, o presidente da ANTRAL afirma que há pelo menos mil táxis a mais na cidade de Lisboa e diz que a solução para isso tem de ser encontrada pelos empresários do sector, "não pela câmara ou pelo Governo". Uma das hipóteses admitidas por Florêncio Almeida seria a de alguns veículos só circularem durante o dia e outros durante a noite. "Com isso muita gente vai para o desemprego, mas é necessário", diz.

Este dirigente também não concorda com a decisão da Câmara de Lisboa de alargar a Zona de Emissões Reduzidas da cidade, proibindo na Avenida da Liberdade e na Baixa a circulação de viaturas anteriores a 1996, e ameaça com uma providência cautelar. "Criem corredores para os transportes públicos e portagens à entrada da cidade, que assim diminuem mais o CO2", alvitra Florêncio Almeida.

Nunes da Silva sublinha que os empresários do sector tiveram vários anos para se adaptar. O presidente da Federação Portuguesa do Táxi concorda e garante que a maioria dos veículos está preparada. Mas Carlos Ramos acrescenta que a autarquia devia ter feito a sua parte e deixado de licenciar os táxis anteriores a 1996 ou esclarecido que estes teriam restrições à circulação.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Mataram taxista e foram ao McDonald's (COM VÍDEO)

Balearam um taxista, de 39 anos, para lhe roubar 50 euros e abandonaram-no numa rua de Ermesinde a esvair-se em sangue, até morrer. O crime foi em Julho de 2008 e ontem, no início do julgamento, Pedro Medeiros, Diego ‘Brasuca’ e Hélio ‘Tarreco’ contaram no Tribunal de Gondomar as suas versões do homicídio. Um quarto arguido, Fernando ‘Jay’ está apenas acusado de roubo.
"Planeámos assaltar o taxista. Quando chegámos a Ermesinde ele parou. Eu estava no banco de trás e encostei-lhe a arma às costas. O Hélio estava ao meu lado, começou a dar pancada no homem. O taxista ficou assustado, eu senti um empurrão no braço e dei um tiro. A arma disparou", contou Pedro Medeiros, autor do tiro mortal. O jovem contou ainda que depois de matarem o taxista foram até ao McDonald's. Disse que estava fora de si e que não se apercebeu de imediato da gravidade dos ferimentos do taxista.
"Estava transtornado, mas mesmo assim deixou o taxista a morrer. Ainda lhe levou o telemóvel, impedindo-o de pedir ajuda. O que diz não faz sentido", disse o presidente do colectivo de juízes.
Diego e Hélio apresentaram, no entanto, versões distintas sobre e forma como Manuel Jorge foi assassinado. O primeiro alegou que desconhecia que iam assaltar o taxista e pensou que iam até a um bar em Ermesinde. Garantiu que não estava no táxi quando se deu o disparo. Já Hélio disse que o objectivo do grupo era apenas enganar o taxista com uma nota falsa. Também ele negou ter presenciado o momento da morte.
O julgamento prossegue terça- feira, dia 13.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Grupo acusado de matar motorista de Ermesinde e usar moeda falsa julgado na quarta-feir

 O taxista de Ermesinde assassinado em 2008 já tinha sido vítima de um episódio violento, quando um cliente o tentou balear e lhe roubou o veículo, que depois veio a incendiar, contou hoje um colega da praça.

"Uns meses antes, tinham-lhe incendiado um carro. Este rapaz foi a pessoa mais azarenta que eu vi em toda a minha vida ao volante de um táxi", disse José Monteiro, que também trabalhava na postura de Ermesinde e que é vice-presidente da Associação Nacional dos Transportadores em Automóveis Ligeiros (ANTRAL).
O taxista Manuel Jorge Castro, que habitualmente trabalhava à noite na postura junto à estação da CP em Ermesinde, foi encontrado morto em Rio Tinto, Gondomar, na noite de 26 para 27 de junho de 2008, num crime que o Ministério Público imputa a um gang que começa a ser julgado, em Gondomar, a partir de quarta-feira.
Uns tempos antes, Manuel Jorge Castro escapou, em plena serra de São Miguel-o-Anjo, a um primeiro disparo de um homem que transportava e beneficiou da circunstância de a arma encravar aquando de uma segunda tentativa.
O criminoso acabou por lhe roubar o táxi, que veio a incendiar junto à esquadra da PSP de Ermesinde.
No dia seguinte, contou José Monteiro, "ainda ligou para a central de táxis a perguntar se o carro tinha ardido na totalidade ou se precisaria de lhe atear mais fogo"

Duas dezenas de taxistas assassinados desde o "25 de Abril"

Duas dezenas de taxistas terão sido assassinados em Portugal desde o "25 de Abril", assinalou hoje a principal associação do setor, que recordou um progressivo decréscimo destes crimes, ainda que os assaltos não violentos tenham aumentado.

"Desde o 25 de Abril, há cerca de 20 assassinatos. Mas, nos últimos anos, esse número até tem diminuído. O que acontece é que o pequeno roubo tem aumentado", disse o presidente da Associação Nacional dos Transportadores em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), que falava à Lusa em vésperas do julgamento, em Gondomar, dos homicidas de mais um profissional do setor.
Florêncio de Almeida explicou que a formação dos taxistas para aspetos de segurança, que os leva cada vez mais a não reagir a assaltos, "tem contribuído para a diminuição de problemas graves".
José Monteiro, vice-presidente da mesma associação, acrescentou outros fatores que "estão a contribuir para dissuadir os candidatos" a protagonizarem assaltos armados a taxistas, como a perceção, por parte dos larápios, de que os valores em causa não compensam o risco.
"Os valores para os assaltantes são irrisórios, não causam apetência. Hoje, estão virados para coisas `topo de gama` como as lojas de ouro", ironizou.
A instalação de sistemas de segurança nos táxis é outro elemento que está a dissuadir os assaltos violentos aos motoristas, segundo o vice-presidente da ANTRAL.
O sistema `Táxi Seguro`, que permite ao motorista avisar a polícia para alguma anomalia, é o mais conhecido, mas a ANTRAL iniciou há cerca de um mês a comercialização de um novo, que alia valências de segurança à gestão de frotas.
Designa-se Central Nacional de Táxi Digital e é "um GPS mais sofisticado", explicou o presidente da associação de taxistas, adiantando que é usado, até ao momento, por sete centenas de profissionais de um setor que emprega 12.800 pessoas.
Florêncio de Almeida admitiu que é um número ainda diminuto, o que justifica por se tratar de um sistema novo.
Segundo o dirigente associativo, o `Táxi Digital` está preparado para que a central entre em contacto com o motorista, ou vice-versa, a cada minuto que passa ou a cada 150 metros percorridos.
O dirigente associativo revelou ainda que a empresa envolvida no projeto tem vindo a reunir com responsáveis policiais para que o alarme do `Táxi Digital` dispare nos comandos policiais, "depois de filtrado pela central".
Segundo o dirigente da ANTRAL, o objetivo "é evitar o que acontece atualmente com o sistema `Táxi Seguro`, com 85 por cento dos alarmes acidentais".
Outra medida de segurança associada aos taxistas é a colocação de vidros separadores nos veículos, mas o projeto tem registado uma adesão pouco ou nada expressiva, assegurou o presidente da Associação de Defesa e Segurança dos Motoristas de Táxi, Augusto Santos.
Para o dirigente, o fracasso deve-se a "desleixo de governos sucessivos, que não têm a coragem de implementar a obrigatoriedade do equipamento".
"Deviam dar nem que fosse um prazo de cinco anos para obrigar os taxistas a colocar o vidro separador. O próprio Governo deveria comparticipar a instalação", acrescentou o responsável.
Na sua perspetiva, o vidro separador, aliado ao bloqueamento das portas, poderia ajudar os taxistas a resolver também o problema "crescente" dos clientes que fogem sem pagar a corrida.
A proposta é, contudo, rejeitada pela ANTRAL.
O vice-presidente desta estrutura sublinhou que o habitáculo dos táxis portugueses, ao contrário dos ingleses, "é muito pequeno" e acrescentou que a segurança dos passageiros poderia, em certas circunstâncias, ser colocada em risco.

segunda-feira, 5 de março de 2012

ANTRAL. Solução para excesso de táxis passa por autorregulação do sector

O presidente da Associação Nacional dos Transportadores em Automóveis (ANTRAL) defende que a solução para o excesso de táxis em Lisboa passa por uma autorregulação do setor e afasta-se das soluções avançadas pelo vereador da Mobilidade.
“A solução tem de passar por uma autorregulação do setor. Os táxis deviam ser divididos em dois turnos: 35 por cento trabalhava de noite e 65 por cento de dia”, disse Florêncio Almeida à Lusa.
O responsável falava na sequência de declarações do vereador da Mobilidade na Câmara de Lisboa, Nunes da Silva, de que a solução “pode passar pela obrigatoriedade de cada carro parar uma vez por semana, pelo sistema rotativo de matrículas pares e ímpares, ou até mesmo pela gestão das praças mais rentáveis”.
Florêncio Almeida discorda, afirmando que “não se pode impedir as pessoas de trabalhar” e lembrando que os “motoristas não são obrigados a mudar de folga” se o dia destinado ao seu carro para parar não coincidir com o seu dia de descanso.
O presidente da ANTRAL responsabiliza ainda a Câmara de Lisboa pelo elevado número de táxis na cidade, por ser a entidade responsável pela emissão de licenças.
Criticando as 50 licenças que a autarquia atribuiu recentemente a táxis para transporte de pessoas com mobilidade reduzida, Florêncio Almeida frisou que “não faziam falta” e que a câmara “antes de abrir concursos públicos, devia analisar bem o setor”.

ANTRAL vai interpor providência cautelar


A Associação Nacional dos Transportadores em Automóveis (ANTRAL) anunciou hoje que vai interpor uma providência cautelar para impedir a entrada em vigor da lei que proíbe a circulação de veículos anteriores a 1996, em Lisboa.
"Vamos meter uma providência cautelar para que a lei não entre em vigor. Há mais do que razões para isso", disse o presidente da ANTRAL, Florêncio Almeida, à Lusa.
A Câmara Municipal de Lisboa vai alargar, a partir de 01 de abril, a área interdita a veículos anteriores a 1996 - Zonas de Emissões Reduzidas (ZER).
A partir dessa data, os veículos ligeiros e pesados anteriores a 1996 ficam proibidos de circular, nos dias úteis entre as 07:00 e as 21:00, na zona a sul do eixo criado pelas avenidas de Ceuta, das Forças Armadas, Marechal António Spínola, Santo Condestável e Infante D. Henrique, área que constitui a segunda fase da ZER.
A primeira fase, em vigor desde julho do ano passado, abrangeu o eixo Avenida da Liberdade/Baixa.
De acordo com Florêncio Almeida, circulam atualmente na cidade de Lisboa mais de dois mil carros anteriores a 1996.

sábado, 3 de março de 2012

México acaba com os táxi Volkswagen "Carocha"


As ruas da Cidade do México vão deixar de ser percorridas pelos icónicos táxis do modelo Volkswagen "Carocha" no final do ano.
Segundo noticia a agência norte-americana AP, as licenças dos últimos táxis do modelo alemão concebido durante a II Guerra Mundial expiram no final do ano e não serão renovadas, o que vai mudar drasticamente o cenário nas ruas da cidade e coloca um ponto final num certo estilo de vida.
Conhecido no México como "Vocho", o automóvel que em Portugal ficou famoso como "Carocha" resultou de uma encomenda de Adolf Hitler a Ferdinand Porsche. Entre 1938 e 2003 foram fabricadas mais de 21 milhões de unidades, mas a produção em massa só começou após o final da guerra, em 1945.
O "Carocha" tornou-se um símbolo do caótico trânsito da capital mexicana e em 2006 o modelo representava quase metade do número de táxis da cidade, com cerca de 50.000 em circulação.
Hoje já são apenas cerca de 3.500 dos 130.000 táxis que servem a Cidade do México.
O diretor dos serviços de táxi do departamento de transportes da cidade, Victor Ramirez, garantiu que chegou ao fim o tempo dos "Vocho", cuja produção terminou em 2003, precisamente no México, no Estado de Puebla.