O táxi como negócio - Taxista Empreendedor

quarta-feira, 9 de março de 2011

CLASSE RASCA!!! ATÉ QUANDO?

Este é o termo que verdadeiramente se aplica a esta nossa profissão.
A classe dirigente é rasca, parte do patronato é rasca, e os empregados são na sua grande maioria rasca. A situação económica do país, a pressão de facturar por parte da entidade empregadora, o medo de perder o emprego (á sempre alguém disposto a tomar o nosso lugar), a desunião da classe levou-nos a este estado.
A postura arrogante e autoritária de quem nos dirige agudiza a situação. A delegação de competências (em matérias disciplinares) nas operadoras é só mais um de tantos erros cometidos por esta direcção. A falta de preparação, isenção, rigor torna-as em mais um elemento destabilizador no já deficiente funcionamento da cooperativa. O lema adoptado é PUNIR, INTIMIDAR, INSTALAR UM CLIMA DE MEDO. QUEM NÃO ESTÁ CONOSCO ESTÁ CONTRA NÓS. FAZ PARTE DO NOSSO CIRCULO DE AMIGOS E ESTÁS PROTEGIDO.
Ao delegar estas competências nas operadoras os nossos dirigentes estão também a sacudir a agua do capote quanto á responsabilidade dos castigos atribuídos por estas, isentando-se de culpas. A atribuição de castigos não é uniforme, varia consoante a hora, a operadora que alerta o serviço, e principalmente consoante o motorista que responde. É inaceitável que as operadoras, assalariadas da cooperativa, dos SÓCIOS tenham o poder de punir disciplinarmente quem quer que seja. Tal só é possível porque os SÓCIOS o permitem. Estas foram contratadas para o serviço de atendimento de pedidos de Táxi dos clientes e encaminhamento dos mesmos, não para qualquer outra função.
Todo e qualquer castigo disciplinar deve estar assente em bases sólidas, e deve ser dada a oportunidade de defesa a quem é acusado de ter infringido o REGULAMENTO INTERNO DA COOPERATIVA RADIO TAXIS COSTA DO SOL.
É necessária uma estrutura directiva rigorosa mas isenta. QUEM NOS ACUSA, NÃO NOS PODE JULGAR, DECIDIR, E APLICAR A SANÇÃO DISCIPLINAR.
O patronato rasca, aquele que fala nas praças, critica, discorda do que é feito pelos actuais dirigentes mas não comparece nas reuniões onde está o poder de decisão é o principal culpado da actual situação. Falam, falam, falam (na rua), mas assim que aparece algum director da cooperativa, metem a viola do saco e vão papaguear alegremente para outro lado. Estes deixam a tomada de decisões que a todos nós afecta na mão de meia dúzia de míopes. Uma participação activa destes SÓCIOS é á muito necessária.
Os empregados, situados no fim desta cadeia alimentar, não tem direito a reclamar, discordar, muito menos opinar. Estão simplesmente destinados a conduzir o Táxi, muitas vezes sem quaisquer regalias.
Estes dividem-se em varias categorias. Os que simplesmente vem cá ganhar o deles, e ao fim do dia vão satisfeitos para casa com alguns euros no bolso. Os que sem olhar a meios nem a quem passam por cima de todos, não mostrando qualquer respeito pelos colegas de profissão, querem muito e depressa. Os que passam a vida a falar, a opinar, mas enterram a cabeça na areia assim que lhes é pedido uma tomada de posição. E os que tentam fazer algo pela melhoria das condições de trabalho de todos nós. Estes últimos tentaram em tempos criar algo que poderia ser uma coisa boa. O projecto foi adiado, mas não morreu. É talvez altura de reatar o projecto. Só com voz activa, com a participação de todos os que se interessam, com ideias novas, e as mais diversas situações abordadas de outro ângulo é possível melhorar as nossas condições de trabalho.
Só com a união de todos é possível evoluir, é inevitável, porquê adiar?
O actual esquema de prioridades e interesses deve ser alterado o quanto antes, o actual descrédito tanto interno como externo é evidente.
  1. A DIRECÇÃO/AS OPERADORAS
  2. OS SÓCIOS
  3. OS CLIENTES
  4. OS EMPREGADOS
ISTO É UM ERRO
Nota final: O interesse comum deve ser sempre superior ao interesse individual, só com a participação activa de todos, a cooperativa pode melhorar. Enquanto a direcção se mantiver fechada no seu circulo limitado de colaboradores, decidindo a seu bel prazer o que é de interesse de todos mediante a opinião de apenas alguns míopes, o clima actual tem tendência a piorar.
As operadoras são empregadas da cooperativa, não directoras da mesma, NÃO SÃO MAS PARECEM!!!
João Paulo Silva

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