O táxi como negócio - Taxista Empreendedor

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Preso "terror" de taxistas no Lagarteiro


Apanhava os táxis junto a bares e discotecas e pedia para ser conduzido ao Bairro do Lagarteiro (Porto), onde residia. Ali chegado, agredia os motoristas e roubava-lhes dinheiro e telemóveis. O jovem, de 18 anos, já está em prisão preventiva por quatro assaltos.
Carlos Rocha, de 63 anos, sentiu na pele a acção violenta do jovem detido, ontem, pela Divisão de Investigação Criminal (DIC)da PSP do Porto. Foi a primeira vítima, corria a madrugada do passado dia 27 de Abril. “Faltavam uns 20 minutos para as duas da manhã. Ele entrou no táxi na Praça do Cubo, na Ribeira do Porto, e pediu para transportá-lo ao Lagarteiro”, explicou o taxista, já com 19 anos de carreira.
Durante o percurso, nada levou Carlos Rocha a suspeitar das intenções do “cliente”. Foi à chegada da Rua da Aldeia, nas traseiras do bairro, que o assaltante entrou em acção. “Eu disse-lhe o preço da corrida: 6,80 euros. Ele saiu logo fora do carro, meteu a cabeça dentro do vidro do meu lado e retirou a chave da ignição. Depois, encostou o joelho à porta, para eu não poder abri-la, e exigiu dinheiro”,  contou o motorista.
Carlos Rocha ainda tentou fazer frente ao indivíduo e acabou espancado. ?Começou a dar-me socos e chegou a desferir-me um pontapé no queixo. Fui bastante maltratado, fiquei com marcas e recebi tratamento no Hospital de Santo António?, sublinhou.
Neste caso em concreto, o ladrão não chegou a apoderar-se de dinheiro, levando apenas a chave do táxi, que nunca foi recuperada.
O mesmo indivíduo –  já com um “histórico” criminal considerável, por furtos e roubos – seria depois identificado como autor de mais três assaltos violentos a taxistas, nos dias 22 e 26 de Maio e 7 de Agosto.
Sempre de madrugada, apanhava os táxis em zonas de diversão nocturna, no Porto e em Matosinhos, e atacava os motoristas no Lagarteiro ou imediações, fazendo com que alguns tivessem de ser hospitalizados. Num dos casos exibiu uma faca para intimidar. Ao todo, roubou pouco mais de mil euros (um dos  crimes rendeu apenas 38 euros), além de telemóveis e outros bens dos lesados. Não actuou sempre sozinho. Em duas das situações há referência de ter agido acompanhado, alternadamente, por um homem e uma mulher.
Na busca à residência do suspeito, no Bairro do Lagarteiro, os elementos da DIC apreenderam uma chave de veículo pertencente a uma das vítimas, um telemóvel e 3,32 gramas de anfetaminas (droga sintética). Nas instalações policiais, foi prontamente reconhecido pelos taxistas.
Segundo o JN apurou, o jovem, sem ocupação profissional, está também indiciado por abusos sexuais a um menor, na sequência de outro roubo, cometido há dias. Este caso será investigado à parte. Além disso, é apontado como tendo ligações a um gangue recentemente acusado de dezenas de assaltos por arrombamento a gasolineiras, ourivesarias e furtos de carros.
Presente, ontem, ao Tribunal de Instrução Criminal do Porto, foi-lhe aplicada a prisão preventiva.

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