O táxi como negócio - Taxista Empreendedor

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Os incríveis taxis de um futuro que ficou para trás


Poucas coisas são mais fascinantes do que um sonho que não se realizou. Na década de 1930, um homem tentou reinventar o taxi, para depois desaparecer no ostracismo. Daniel Strohl do Hemmings Blog revela esses planos.
Apesar de ser descrito como um “famoso artista industrial”, até hoje temos poucas informações sobre Lynn Brodton além de seus registros de patente, que cobrem uma carreira de vinte anos em desenho industrial, incluindo conceitos que casam o passado e o futuro dos táxis.
Em 1933, Brodton, um morador de Collingswood, New Jersey, registrou a patente de um indicador multibandas de rádio. Ele eventualmente designou esta e outra patente de indicador de rádio à RCA, onde ele aparentemente trabalhou durante boa parte dos anos 30 como um desenhista industrial, alcançando um nível de importância suficiente para fazê-lo discursar em algumas ocasiões aos vendedores da empresa. A primeira patente registrada em seu nome foi para um desenho de automóvel (acima, D100.755) em agosto de 1936. Outra patente que ele tentou registrar na mesma época (D107.902), mostra um estilo semelhante. O desenho se destaca pelo estilo envolvente e os faróis integrados à carroceria.
Ilustração da patente D100.755
A patente para o teto estilo landau/landaulette lembra os tetos usados em taxis Checker da época, e foi para este mercado que as ideias de Brodton estavam direcionadas. Ainda vivendo em Collingswood, Brodton produziu uma pequena linha de lanternas em 1941, uma delas em nome da Flashlight Company of America em Jersey City, New Jersey, mas não registrou nenhuma outra patente até depois da Segunda Guerra Mundial. É possível que ele tenha participado do conflito, mas não encontramos nenhum documento que provasse isso.
Registro da patente R154.742
Registro da patente D154.742
Em 1947, Brodton registrou no mesmo dia dois desenhos de taxis muito semelhantes entre si. Ambos foram premiados em 1949 e mostram que ele vivia em Nova Iorque, além disso, ambos mostram conceitos semelhantes nas formas e principalmente nos faróis de seu conceito de 1936 (D153.851 e D154.742). O mais interessante deles é que deixam o motorista em um lugar separado, acima dos passageiros, assim como no Electrobats e outros táxis antigos, mas também o coloca à frente e no centro, dentro de uma bolha saltada, assim como nos Futurliners de 1941. Brodton não foi o único projetista que se inspirou no Futurliner para desenhar táxis-conceito: Dick H. Williams de Oak Park, Michigan (cujas outras patentes foram todas registradas em nome da GM) registrou uma patente semelhante em outubro de 1953 (D174.727).
Registro da patente D172.464
Uma coisa que os primeiros dois táxis de Brodton não ofereciam era um amplo campo de visão para os passageiros. Brodton deve ter se debatido com o problema nos cinco anos seguintes, até que ele surgiu com este desenho, que ainda colocava o motorista centralizado à frente, acima dos passageiros, mas abriu o teto com uma bolha em acrílico sobre eles. Coincidentemente (ou não), Brodton registrou o desenho cerca de um mês antes da Ford lançar sua linha de carros para 1954, que incluía o Crestline Skyliner, com sua bolha de acrílico no teto. Brodton, vivendo agora em Trenton, New Jersey, teve o registro aceito no final daquele ano (D172,464).
Brodton se mudou para Levittown, Pensilvânia, onde anos mais tarde ajudou Van Dyke Hill em sua patente para uma máquina de impressão de bilhetes de corrida. Não foram encontrados registros da morte de Brodton ou da concretização de algum projeto seu.
A Hemmings Motor News é uma empresa voltada para os colecionadores de veículos, publica revistas e oferece uma completa seção de classificados de carros clássicos. Daniel Strohl é um dos editores da empresa.
Este texto foi publicado originalmente no Hemmings Blog no dia primeiro de julho de 2010, às 8h09min.

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