Proposta de liberalização do setor de serviços, parte do pacote anticrise, provoca o protesto dos taxistas
Imagine uma cidade turística como Roma sem táxis para levar visitantes a pontos como o Coliseu ou o Panteão. Desde quinta-feira (12), os taxistas italianos estão em greve e se recusam a circular. Eles protestam contra a liberalização do setor de serviços proposta pelo primeiro-ministro Mario Monti para estimular a recuperação econômica da Itália. Nesta sexta (13), os taxistas vão se concentrar em frente à sede do governo.
A greve, programada para começar no dia 23 de janeiro foi antecipada. Em cidades como Nápoles, os taxistas atendem apenas idosos e pessoas com deficiência. A estação central de Termini e o aeroporto Leonardo da Vinci, em Roma, são os pontos mais afetados pela falta de táxis.Se a liberação do setor for aprovada, as licenças poderão ser adquiridas gratuitamente. Hoje, elas são passadas de pai para filho ou compradas por cerca de 150 mil euros. Estima-se que a frota romana dobre, chegando a 15 mil veículos. Os taxistas napolitanos, cujos turnos são de dez horas por dia e cinco dias por semana, dizem que, com a liberação das licenças, não haveria trabalho para todos, já que as despesas, especialmente com combustível, aumentaram muito.
Em 2007, o governo de Romano Prodi havia tentado liberar o setor, mas os taxistas entraram em greve e bloquearam as principais cidades do país durante alguns dias. A medida acabou sendo cancelada. Desta vez, com a crise econômica, o pacote de liberalização deve ser aprovado pelo gabinete até o dia 20 de janeiro e vai afetar também farmácias, correios e distribuidores de gás e combustível.
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