Taxistas afirmam que o seu transporte é mais barato e mais personalizado que as ambulâncias, e antevêem problemas sociais com a falência de várias empresas.
Três meses depois do Ministério da Saúde ter cortado nas comparticipações para o transporte de doentes em táxis a associação das empresas do sector quer explicações. É o que vai pedir esta tarde, no encontro com o Ministro Paulo Macedo.
A ANTRAL – Associação Nacional dos Transportadores em Automóveis Ligeiros, fala num problema social que afecta as populações e as empresas de táxi, que estão a fechar portas.
Florêncio Almeida dá o exemplo do que acontece em alguns concelhos da área de Lisboa e Vale do Tejo.
“Mafra é um deles, Torres Vedras, Montijo, Alcochete, todos estes concelhos dos arredores de Lisboa que trabalhavam essencialmente através deste tipo de transportes, há centenas de taxis parados. Aponto-lhe empresas que tinham cinco táxis e que despediram os funcionários porque tiveram de parar”, explica o dirigente da ANTRAL.
Para Florêncio Almeida está-se a preparar um problema social: “Isto de pararem e não transportarem as pessoas é um problema social porque essas populações quando tiverem um problema grave já não vão ter um táxi para os ajudar, porque já não existem”.
Florêncio Almeida, da ANTRAL, acusa o Governo de estar a gastar mais com o transporte de doentes em ambulâncias: “O nosso transporte tem muito mais personalidade e é muito mais barato, como é que é possível, no estado em que o nosso país se encontra, não nos serem atribuídos esses serviços? Vamos ao ministro saber o porquê dessa situação”, afirma.
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