A pedido da ANTRAL, a Inosat desenvolveu uma nova solução Inofrota – denominada Central Nacional de Táxis Digital (CNTD) – especificamente para dar resposta às necessidades da gestão de frotas de táxis. A empresa entrou no concurso para este projecto em parceria com a Optimus (responsável por toda a área das comunicações), tendo tirado partido do seu know-how na área da gestão de frotas. Conforme explicou ao Semana o CEO da Inosat, Jorge Carrilho, «foi muito importante o facto de já termos há dois anos uma parceria com várias seguradoras de assistência em viagem e de a maioria dos reboques já utilizar um sistema parecido com este». No caso da ANTRAL, um dos principais objectivos deste projecto passa por «promover uma maior segurança para os motoristas de táxi e para os passageiros», conforme referiu o presidente da associação, Florêncio Almeida. Na realidade, a solução Inofrota permite a identificação de cada viatura e de cada condutor e o acompanhamento da trajectória do veículo em tempo real. Em situações de perigo, o condutor pode accionar o denominado botão de pânico instalado na viatura, gerando um alerta para a central com a informação da localização onde foi accionado, qual a viatura em causa e os respectivos dados. A partir daqui, as autoridades policiais passam a ter a possibilidade de fazer o seguimento imediato do táxi, a partir da mesma aplicação. O sistema permite ainda que, «em qualquer parte do mundo, várias pessoas possam aceder a diferente informação de forma hierarquizada», referiu Jorge Carrilho. Isto quer dizer que, por exemplo, «um empresário que tenha vários táxis na rua consegue controlar os seus carros, os percursos feitos, os diferentes processos de abastecimento ou as tarifas praticadas, entre outras situações», disse o mesmo responsável. É igualmente possível saber as características de cada viatura, como o número de lugares de que dispõe e se pode transportar deficientes, de forma a permitir à central identificar rapidamente qual o veículo mais indicado para responder a cada serviço. Ao Semana, o CEO da Inosat explicou que o sistema está assente na internet, «podendo correr sobre Explorer ou qualquer outro browser». O acesso à informação «é feito de forma totalmente segura e os dados estão compartimentados». Florêncio Almeida referiu que este «já não é o primeiro projecto do género desenvolvido na ANTRAL», mas acredita que «será um sucesso efectivo, depois de algumas experiências falhadas». O presidente da associação fez questão de sublinhar que «aqui está apenas tecnologia nacional, não havendo nada importado», o que acaba por ser também «um motivo de orgulho». A solução Inofrota criada pela Inosat especificamente para a ANTRAL abrange todo o território de Portugal Continental e Ilhas. Para já, existem cerca de 80 táxis com a solução instalada, mas há 500 pré-inscritos. Jorge Carrilho disse não ser fácil «instalar todos os táxis, uma vez que o processo demora algumas horas», pelo que prevê «serem precisos dois anos para equipar os oito mil táxis» existentes. No automóvel, existe apenas um pequeno navegador ligado ao sistema da Inosat, que, a partir daí, «comunica com a central as posições do carro e os serviços». Carrilho acredita que este «é um sistema muito acessível, já que o taxista tem um investimento inicial na casa dos 500 ou 600 euros, dependendo da versão, e depois paga apenas cerca de 20 euros por mês». A Inosat demorou «entre três a quatro meses» a desenvolver o trabalho de adequação do produto-base às necessidades da ANTRAL. Posteriormente, avançou com o piloto (em Novembro passado). Desde Janeiro que há pessoas a trabalhar na ANTRAL 24 horas por dia «para receber as chamadas e para gerir os pedidos», revelou o CEO da Inosat. A tecnológica portuguesa mencionou que ter desenvolvido este projecto representa também uma boa mais-valia a nível internacional: «Já estamos em 17 países e há uma grande solicitação nesta área, mas acabámos por nunca concorrer porque não fazia sentido partir do zero num projecto lá fora.» Com o trabalho desenvolvido em Portugal para a ANTRAL, «torna-se mais fácil, já que vai ser possível mostrar a solução e partir dela para outras experiências». Na realidade, as primeiras solicitações nesse sentido começaram já a chegar, tendo a Inosat identificado oportunidades em Angola, no Chile, no Brasil e em Marrocos. |
O táxi como negócio - Taxista Empreendedor
sábado, 25 de fevereiro de 2012
Inosat facilita gestão de táxis na ANTRAL
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