Os taxistas estão com dificuldades para conseguir evitar o despiste do sector. Reduzir o número de táxis e a paragem de cada viatura um dia por semana são algumas das medidas sugeridas por dirigentes de uma classe em derrapagem.O presidente da Federação Nacional do Táxi, Carlos Ramos, calcula em cerca de 40 por cento a descida na procura do serviço só nos primeiros seis meses deste ano.
O seu colega que lidera outra associação do sector, a Antral, diz que nenhum profissional com uma viatura de praça consegue sobreviver se circular apenas as 40 horas semanais e ambos consideram optimista a perspectiva de que um condutor por conta de outrem consiga levar 35 euros para casa ao fim de uma jornada ao volante em Lisboa.
Florêncio Almeida aproveita o local em que foi entrevistado pela Lusa, numa tarde desta semana junto à estação ferroviária de Santa Apolónia (Lisboa), para caracterizar a realidade do sector.
«Há 20 anos, a esta hora havia aqui 40 ou 50 pessoas à procura de táxi e não havia nenhum porque andavam todos ocupados na cidade. Hoje é o contrário, estão aqui dezenas de táxis e os clientes não aparecem», afirma.
A actual crise financeira ajuda à situação, mas o declínio dos taxistas vem de trás. Florêncio Almeida aponta a desertificação da capital: «Há 25 anos havia 1,2 milhões de habitantes em Lisboa, hoje há 495 mil e o número de táxis é o mesmo».
São 3400 as viaturas beges ou pretas e verdes que estão autorizadas a circular em Lisboa, mas o presidente da ANTRAL defende que deviam ser retiradas 1000 licenças, como sucedeu em cidades espanholas como Madrid ou Barcelona.
Carlos Ramos recorre também a Espanha para exemplificar outra via a seguir para atingir o mesmo destino: interditar a circulação de cada táxi um dia por semana.
Com a quebra na procura, os profissionais dizem ser frequente na actualidade atravessar Lisboa de lés a lés sem ver uma braço a levantar-se ou uma voz a pedir «táxi, táxi».
A solução menos onerosa seria encostar numa praça e esperar que o cliente apareça, mas aqui surge outro obstáculo: só há 900 lugares nas praças de toda a cidade para as 3400 viaturas autorizadas e a polícia aparece de quando em vez e multa quem estiver a mais, como previsto na lei.
Circular seria a alternativa, mas aqui acende-se de novo a luz vermelha: o preço do gasóleo. Carlos Ramos diz que os «aumentos permanentes» dos combustíveis acarretam um «peso que é insuportável aguentar por muito mais tempo».
Embora reivindicando um preço mais barato para o sector, Carlos Ramos reconhece a dificuldade em atingir esse objectivo e considera contraproducente o aumento generalizado dos preços do serviço.
Defende, no entanto, a introdução das tarifas regionais, já que há zonas onde «o aumento ainda é possível», como Lisboa, Porto ou o Algarve, ao contrário das regiões do interior onde diz não ser praticável encarecer as tarifas.
O seu colega que lidera outra associação do sector, a Antral, diz que nenhum profissional com uma viatura de praça consegue sobreviver se circular apenas as 40 horas semanais e ambos consideram optimista a perspectiva de que um condutor por conta de outrem consiga levar 35 euros para casa ao fim de uma jornada ao volante em Lisboa.
Florêncio Almeida aproveita o local em que foi entrevistado pela Lusa, numa tarde desta semana junto à estação ferroviária de Santa Apolónia (Lisboa), para caracterizar a realidade do sector.
«Há 20 anos, a esta hora havia aqui 40 ou 50 pessoas à procura de táxi e não havia nenhum porque andavam todos ocupados na cidade. Hoje é o contrário, estão aqui dezenas de táxis e os clientes não aparecem», afirma.
A actual crise financeira ajuda à situação, mas o declínio dos taxistas vem de trás. Florêncio Almeida aponta a desertificação da capital: «Há 25 anos havia 1,2 milhões de habitantes em Lisboa, hoje há 495 mil e o número de táxis é o mesmo».
São 3400 as viaturas beges ou pretas e verdes que estão autorizadas a circular em Lisboa, mas o presidente da ANTRAL defende que deviam ser retiradas 1000 licenças, como sucedeu em cidades espanholas como Madrid ou Barcelona.
Carlos Ramos recorre também a Espanha para exemplificar outra via a seguir para atingir o mesmo destino: interditar a circulação de cada táxi um dia por semana.
Com a quebra na procura, os profissionais dizem ser frequente na actualidade atravessar Lisboa de lés a lés sem ver uma braço a levantar-se ou uma voz a pedir «táxi, táxi».
A solução menos onerosa seria encostar numa praça e esperar que o cliente apareça, mas aqui surge outro obstáculo: só há 900 lugares nas praças de toda a cidade para as 3400 viaturas autorizadas e a polícia aparece de quando em vez e multa quem estiver a mais, como previsto na lei.
Circular seria a alternativa, mas aqui acende-se de novo a luz vermelha: o preço do gasóleo. Carlos Ramos diz que os «aumentos permanentes» dos combustíveis acarretam um «peso que é insuportável aguentar por muito mais tempo».
Embora reivindicando um preço mais barato para o sector, Carlos Ramos reconhece a dificuldade em atingir esse objectivo e considera contraproducente o aumento generalizado dos preços do serviço.
Defende, no entanto, a introdução das tarifas regionais, já que há zonas onde «o aumento ainda é possível», como Lisboa, Porto ou o Algarve, ao contrário das regiões do interior onde diz não ser praticável encarecer as tarifas.
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