O táxi como negócio - Taxista Empreendedor

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Taxista é suspeito de matar a mulher e profanar cadáver


Um taxista participou o desaparecimento da mulher à Polícia Judiciária, que investigou o caso e depois de reunir uma série de dados concluiu que o marido era suspeito de ter morto a mulher. O homem confessou parcialmente os factos. Confessou que a matou, transportando depois o corpo para a Barrosa onde o terá profanado e depois enterrado. Anteontem à noite, depois da PJ ter detido o taxista, as duas filhas do casal, uma de 12 e outra de 15, foram levadas pela assistente social para casa da avó materna, que vive na Bretanha.

Maria Santos Silva, de 33 anos, desapareceu no mês de Fevereiro deste ano, o marido fez participação na Polícia Judiciária do seu desaparecimento e até num jornal local, e anteontem à noite foi detido pela Polícia Judiciária como sendo o suspeito de ter morto a mulher. A família da vítima, através de uma cunhada, também esteve no Correio dos Açores a dar conta do desaparecimento de Maria, como era conhecida por amigos e familiares. Entretanto, ontem, o corpo foi encontrado no pico da Barrosa, encosta da Lagoa do Fogo, depois do homem ter revelado aos inspectores Departamento de Investigação Criminal de Ponta Delgada, que investigavam o caso, onde se encontrava o corpo. O homem foi ouvido na manhã de ontem pelo Juiz de Instrução Criminal do Tribunal de Ponta Delgada para aplicação das medidas de coacção mais adequadas. Na manhã de ontem, no pico da Barrosa a azáfama era grande. No local estiveram a Polícia Judiciária, que coordena a investigação, uma equipa cinotécnica da GNR que veio de propósito do continente para ajudar nas buscas do corpo, e a PSP para preservar e vedar o local, pois durante toda a manhã ninguém podia entrar naquela zona e o trânsito fora desviado. Estiveram também os Bombeiros que resgataram o corpo de Maria, e o transportaram para o Hospital de Ponta Delgada, onde vai ser sujeito a autópsia para identificação das causas da morte.

Desaparecimento estranho e morte
hedionda choca a família

Depois de se saber que o corpo de Maria tinha aparecido, e numas circunstâncias estranhas, a família entrou em choque. A cunhada disse ao Correio dos Açores: “Estamos todos em choque. Ninguém sabia onde ela estava mas ninguém imaginava que aparecesse assim. Durante meses andamos à procura dela, e agora está morta”.
Também em Ponta Delgada, na matriz onde se concentram a maior parte dos táxis desta cidade e onde Carlos “tiquinha” era de todos conhecido ninguém queria acreditar que este taxista, suspeito de ter morto a mulher, tenha feito semelhante coisa. “Sabíamos que tinham problemas financeiros [como toda a gente hoje em dia], que havia discussões por ela pagar muitas contas e ele poucas, ele gastava muito dinheiro no café e em raspas, mas até haver morte nunca passou pela cabeça de ninguém. Isso eram problemas de casal”.
O patrão do taxista, em declarações ao nosso jornal, disse que Carlos “tiquinha” trabalhava em part-time à noite. Apresentou-o como trabalhador, que sabia que tinha problemas pessoais e graves problemas financeiros, mas que fora sempre muito agradável para os clientes. “Desde o início que nunca me meti nisso, mas sabia que ele tinha problemas”, reafirmou o proprietário do táxi.
Também na Galp ninguém queria acreditar que Maria estivesse morta e muito menos que tivesse uma morte macabra. Os clientes habituais daquela estação de serviço lembram-na como uma mulher enérgica e trabalhadora, sempre agradável para as pessoas.
Investigação não parou

A Polícia Judiciária desde o desaparecimento desta mulher, que era funcionária da estação de serviço da Galp, nas Laranjeiras, investigou todos os passos e chegou à conclusão de que seria eventualmente o marido o autor deste crime hediondo. O mesmo está acusado de prática de um crime de homicídio qualificado e profanação de cadáver.
O coordenador da Polícia Judiciária nos Açores disse aos jornalistas que “a situação reporta a finais de Fevereiro deste ano em que inicialmente é comunicado um simples desaparecimento e através de investigação feita pela Polícia Judiciária verificamos que o caso em si tinha outros contornos”, os quais depois devidamente escalpelizados os inspectores da PJ chegaram à conclusão que “o potencial suspeito era o marido da vítima”.
O homem, taxista de profissão, mais conhecido por Carlos “tiquinha”, a morar na Fajã de Baixo, foi detido, “confessou parcialmente” o que aconteceu, de facto, “ao ponto de ir indicar onde se encontrava o corpo da mulher”, que estava no pico da Barrosa. O homicídio não foi cometido neste local, mas sim noutro lugar que o Coordenador da PJ não quis revelar aos jornalistas, mas adiantou “que o corpo foi removido numa viatura para aquele local”.
Afonso Dias também não revelou se o taxista terá dado o motivo pelo qual terá supostamente morto a mulher, lembrando que “o que o taxista apresentou foi o desaparecimento da sua própria esposa”.
O coordenador não quis adiantar como o homem cometeu o homicídio, mas disse que “o corpo foi profanado”.

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