O táxi como negócio - Taxista Empreendedor

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Sistema ajuda a administrar tempo de espera para táxis

A possibilidade de acompanhar o trajeto de um táxi solicitado, inclusive optando por aquele mais próximo do local da chamada, é o sonho de passageiros e funcionários de cooperativas que oferecem o serviço. A empresa Chipsat, de Porto Alegre, transformou o projeto em realidade e está em fase de expansão nas vendas de um sistema, ainda sem nome comercial, que rastreia os veículos da frota e gerencia a demanda pelos carros. As funcionalidades do software ajudam a reduzir o tempo de espera dos clientes e também o trajeto dos táxis, que passam a atender corridas mais próximas ao lugar onde o carro está.

O diretor comercial da Chipsat, Alvaro Ederich Júnior, explica que, ao obter a localização exata do veículo, a central de atendimento pode prever com mais precisão o tempo que levará até o cliente ser atendido. Hoje, ainda é muito utilizada a chamada via rádio, situação em que não é possível identificar se o bairro onde está o taxista que aceitou a corrida é, de fato, o mais perto do endereço do passageiro.

Especializada em gerar soluções no setor de transportes, a Chipsat ingressou no segmento de táxis com a constatação de que algumas ferramentas poderiam dar mais agilidade e controle ao serviço. “O que fizemos foi entrar no negócio, entender às demandas e traduzir isso em forma de software, para que as empresas possam administrar melhor a frota, sabendo se o táxi está ocioso, que horas chega ou sai de um ponto”, exemplifica Ederich Júnior.

A dinâmica de funcionamento inclui a instalação do sistema nas centrais de atendimento das cooperativas e frotas do segmento. Dados como localização, ociosidade, velocidade, hora de entrada e saída do taxista, entre outras, são apontadas na tela do computador. As empresas que possuem convênio com cooperativas também podem ter acesso ao programa, a fim de acompanhar a solicitação dos carros, que, por sua vez, ganham um dispositivo que acompanha todos os movimentos realizados e os envia à central, onde está instalado o software.

O programa também se destina a empreendedores que possuam diversos táxis, já que disponibiliza informações que sinalizam a conduta do motorista ao volante. “O dono do táxi precisa saber a forma como o carro é conduzido, pois é muito comum que tenha cinco ou seis táxis, então ele consegue fazer uma gestão do quanto o veículo rodou, a hora que o taxista entrou, o tempo das corridas. Passa a haver um controle”, explica Ederich Júnior.

O conjunto de funcionalidades é associado a uma operação rápida no atendimento ao cliente por meio de uma comunicação mais eficiente, mas outras questões também estão envolvidas, entre elas a geração de receita para as associações e cooperativas e a segurança dos passageiros. No primeiro caso, a própria cooperativa pode atuar como fornecedora do sistema de rastreamento, muitas vezes contratado externamente pelo proprietário do veículo. “Além de receber o táxi solicitado mais rapidamente, há mais segurança na viagem, já que há o rastreamento”, argumenta o executivo.

Primeira experiência demonstrou êxito

O processo de inserção do sistema desenvolvido pela Chipsat no mercado começou há três anos, com a experiência de uso das ferramentas pela Cootaero, cooperativa de táxis que atua no deslocamento de passageiros do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre. A operação da Cootaero, por si só, já tem particularidades que poderiam ser testadas no software, como o fato de seu deslocamento ocorrer somente em função do aeroporto. “Os veículos até podem pegar pessoas na rua, mas só se forem para o Salgado Filho”, lembra o diretor comercial da Chipsat, Álvaro Ederich Júnior.

Justamente por isso, o acesso à localização exata dos táxis possibilitou uma organização mais adequada ao tipo de operação, a exemplo do deslocamento para municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre. “Não vale a pena para a cooperativa tirar um carro do aeroporto, levar até Canoas, por exemplo, e voltar ao aeroporto”, aponta Ederich Júnior. Ele explica que é mais interessante saber se há algum carro indo ou voltando do município vizinho, para que o passageiro seja apanhado por um motorista que estava deslocado em local próximo. “Nesse sentido, as telas desenvolvidas para a operação da Cootaero foram ao encontro dessa visão macro com a qual eles trabalham”, diz.

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