O trânsito intenso em Lisboa foi a maior dificuldade provocada pela greve nos transportes.
O trânsito intenso em Lisboa foi, hoje de manhã, a maior dificuldade provocada pela greve nos transportes. Alguns taxistas admitiam ter sido mais procurados pelos clientes do que o habitual, mas as longas filas dificultaram o transporte.
"O trânsito está caótico. As pessoas têm procurado mais os táxis, porque uma greve do metro complica muito a vida às pessoas. Tenho tido mais clientes, mas é complicado para os clientes e para nós, porque não podemos circular. Demorei quase uma hora e meia entre o Campo Grande e o Cais do Sodré", contou à Lusa Pedro Ventura, que pelas 09:00 aguardava pelo próximo serviço na praça de táxis junto à estação do Cais do Sodré, em Lisboa.
No entanto, entre os taxistas, as opiniões dividiam-se. Para o taxista Vítor Costa, este "é um dia como os outros". "Está fraco de clientes e há muita confusão no trânsito. Há muitos carros particulares e as pessoas [que procuram transportes públicos] não têm dinheiro. Isto está fraquinho. A última greve do metro foi um dia bom, mas hoje está muito fraco, não está a render", lamentou.
As queixas estendiam-se aos comerciantes da estação do Cais do Sodré, que dependem do movimento dos utentes dos transportes públicos para vender. Ricardo Pereira, gerente de um posto de venda de jornais e revistas dentro da estação, aponta quebras no negócio entre os 40% e os 50%
num dia de greve, mas ainda assim, os restantes 50%, garantiu, fazem valer a pena trabalhar nestes dias.
E apesar de compreender os motivos de quem faz greve, questiona o momento da paralisação. "Deviam fazer greve quando há dinheiro para distribuir por todos, e agora não há. O que estão a fazer é prejudicar os utentes. Não
prejudicam a empresa e não é pela greve que vão ter as suas reivindicações mais ou menos satisfeitas. Os passes são comprados no fim do mês, a empresa só perde o dinheiro de bilheteira, poupa em ordenados, eletricidade, no desgaste do material. Se calhar a Refer ou a CP até lhes agradecem a greve", afirmou.
Isabel, empregada de um café junto aos pórticos de entrada da CP, e onde muitos utentes param para beber um café, disse que num dia de greve se perdem "imensos clientes" e que pouco compensa trabalhar num dia assim.
Habituada a ouvir os desabafos dos clientes, disse que do que mais se queixam em dias de greve é do 'stress', de ficarem impedidos de ir trabalhar ou de serem forçados a chegar atrasados, numa altura em que está cada vez mais difícil encontrar ou manter um emprego.
Rosana, utilizadora dos serviços da CP, disse que tem sorte em ter um "patrão compreensivo", porque os seus horários são rígidos, assim como é o horário dos transportes que usa para chegar ao emprego.
"Tenho horário certo para apanhar o autocarro. Se não tiver comboio, perco o autocarro", explicou. Já Fátima Freixe diz que no seu caso o que a incomoda mais não são
os problemas de horário, uma vez que o seu até é flexível, mas ter que programar o dia de forma completamente diferente para compensar a falta de um transporte.
Os trabalhadores da CP, do Metropolitano e da Rodoviária estão hoje em greve. No caso da CP, os serviços urbanos de Lisboa e Porto da CP enfrentam hoje o quarto dia de greve consecutivo às duas primeiras horas de turno, com supressões previstas na ordem dos 60%, enquanto
o Metropolitano de Lisboa está paralisado.
Na Rodoviária, os sindicatos estimam que a greve dos motoristas consiga uma adesão de 70% a 80%
O trânsito intenso em Lisboa foi, hoje de manhã, a maior dificuldade provocada pela greve nos transportes. Alguns taxistas admitiam ter sido mais procurados pelos clientes do que o habitual, mas as longas filas dificultaram o transporte.
"O trânsito está caótico. As pessoas têm procurado mais os táxis, porque uma greve do metro complica muito a vida às pessoas. Tenho tido mais clientes, mas é complicado para os clientes e para nós, porque não podemos circular. Demorei quase uma hora e meia entre o Campo Grande e o Cais do Sodré", contou à Lusa Pedro Ventura, que pelas 09:00 aguardava pelo próximo serviço na praça de táxis junto à estação do Cais do Sodré, em Lisboa.
No entanto, entre os taxistas, as opiniões dividiam-se. Para o taxista Vítor Costa, este "é um dia como os outros". "Está fraco de clientes e há muita confusão no trânsito. Há muitos carros particulares e as pessoas [que procuram transportes públicos] não têm dinheiro. Isto está fraquinho. A última greve do metro foi um dia bom, mas hoje está muito fraco, não está a render", lamentou.
As queixas estendiam-se aos comerciantes da estação do Cais do Sodré, que dependem do movimento dos utentes dos transportes públicos para vender. Ricardo Pereira, gerente de um posto de venda de jornais e revistas dentro da estação, aponta quebras no negócio entre os 40% e os 50%
num dia de greve, mas ainda assim, os restantes 50%, garantiu, fazem valer a pena trabalhar nestes dias.
E apesar de compreender os motivos de quem faz greve, questiona o momento da paralisação. "Deviam fazer greve quando há dinheiro para distribuir por todos, e agora não há. O que estão a fazer é prejudicar os utentes. Não
prejudicam a empresa e não é pela greve que vão ter as suas reivindicações mais ou menos satisfeitas. Os passes são comprados no fim do mês, a empresa só perde o dinheiro de bilheteira, poupa em ordenados, eletricidade, no desgaste do material. Se calhar a Refer ou a CP até lhes agradecem a greve", afirmou.
Isabel, empregada de um café junto aos pórticos de entrada da CP, e onde muitos utentes param para beber um café, disse que num dia de greve se perdem "imensos clientes" e que pouco compensa trabalhar num dia assim.
Habituada a ouvir os desabafos dos clientes, disse que do que mais se queixam em dias de greve é do 'stress', de ficarem impedidos de ir trabalhar ou de serem forçados a chegar atrasados, numa altura em que está cada vez mais difícil encontrar ou manter um emprego.
Rosana, utilizadora dos serviços da CP, disse que tem sorte em ter um "patrão compreensivo", porque os seus horários são rígidos, assim como é o horário dos transportes que usa para chegar ao emprego.
"Tenho horário certo para apanhar o autocarro. Se não tiver comboio, perco o autocarro", explicou. Já Fátima Freixe diz que no seu caso o que a incomoda mais não são
os problemas de horário, uma vez que o seu até é flexível, mas ter que programar o dia de forma completamente diferente para compensar a falta de um transporte.
Os trabalhadores da CP, do Metropolitano e da Rodoviária estão hoje em greve. No caso da CP, os serviços urbanos de Lisboa e Porto da CP enfrentam hoje o quarto dia de greve consecutivo às duas primeiras horas de turno, com supressões previstas na ordem dos 60%, enquanto
o Metropolitano de Lisboa está paralisado.
Na Rodoviária, os sindicatos estimam que a greve dos motoristas consiga uma adesão de 70% a 80%
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